Pesquisa diz que ciclistas profissionais estão cada vez mais magros
Um estudo da Universidade de Berna, na Suíça, revelou que os melhores ciclistas das grandes voltas estão cada vez mais magros, o que preocupa os pesquisadores em relação à saúde dos atletas. Os cientistas analisaram dados de altura e peso de pilotos que terminaram entre os 5 primeiros em um dos três Grand Tours (Giro, Tour e Vuelta) entre 1992 e 2022. Eles calcularam o Índice de Massa Corporal (IMC) de 156 ciclistas, totalizando 445 valores de IMC. Os resultados mostraram uma diminuição no IMC de 22,12 para 20,13 nas últimas três décadas. Embora um IMC de 20,13 em si não seja indicativo de problemas de saúde, os pesquisadores pedem medidas proativas à Federação Internacional de Ciclismo (UCI) para proteger a saúde dos atletas, levando em consideração outros estudos que já abordaram problemas relacionados ao peso no ciclismo profissional.
A tendência decrescente no IMC dos ciclistas profissionais pode ter implicações preocupantes tanto para os próprios atletas quanto para os reguladores do esporte. A pressão para desempenho pode levar a comportamentos prejudiciais à saúde, com potenciais consequências negativas a curto e longo prazo. Problemas de peso no ciclismo são amplamente reconhecidos, como relatado por ciclistas de elite, incluindo o ex-vencedor do Tour Geraint Thomas e o ex-campeão mundial de contra-relógio Rohan Dennis, que descreveram os perigos de perder muito peso e as dificuldades que enfrentaram posteriormente. Em outras modalidades esportivas, como a Fórmula 1, foram introduzidas medidas para promover a saúde e segurança dos atletas. Portanto, os pesquisadores da Universidade de Berna pedem à UCI que também tome iniciativas inspiradas em outros esportes sensíveis ao peso, incluindo campanhas de prevenção e conscientização, programas de triagem e diretrizes baseadas no IMC para ciclistas profissionais.