Diretor da Jumbo-Visma revela sua insatisfação, com o que aconteceu no Angliru, durante a Vuelta a España
No episódio do podcast Open Vizier, apresentado pelo treinador do Almere City, Alex Pastoor, Merijn Zeeman, diretor esportivo da Jumbo-Visma, aborda os eventos da última semana da Vuelta a España, com destaque para a etapa no Angliru, onde os líderes Roglic e Vingegaard conseguem distanciar-se do líder Sepp Kuss. Zeeman expressou sua insatisfação com essa situação.
“Tudo correu como queríamos na competição, até o Angliru. Restavam apenas três ciclistas e nosso último adversário havia desaparecido. Esse foi o momento em que as coisas não correram bem. Sepp não conseguiu acompanhar e então não foi mais um trabalho em equipe. Eles deveriam ter ficado juntos lá”, Zeeman deixa claro.
O que não ajudou foi a forma como o próprio Kuss se sentiu naquele momento. “Ele não lhes disse para esperar. Teria ajudado muito se ele tivesse feito isso. Mas ele apenas disse a eles para continuarem. Precisamente porque ele é um menino muito modesto.”
Fator coletivo deve preponderar sobre os individuais
A forma como a corrida foi disputada naquele dia contrasta fortemente com os valores fundamentais da equipe, diz Zeeman. “Essa equipe é construída de forma que fazemos perguntas de baixo para cima. Que falemos um com o outro e não um sobre o outro. Dissemos muito enfaticamente que o ciclismo é um desporto coletivo. Vencemos como equipe. É por isso que os nossos melhores ciclistas, dão algo uns aos outros.”
Primoz Roglic teve mais dificuldade de perder liderança
“Naquela noite, sentamos oito pessoas à mesa e eu disse: “Isso aconteceu e tenho minhas ideias sobre isso, mas acho é importante saber o que vocês pensam sobre isso. O que nós apoiamos? Somos a equipe que dizemos que somos ou você pensa diferente? Sete homens foram unânimes quanto ao resultado final. Primoz teve mais dificuldade com isso, mas ainda assim, se comprometeu com tudo e depois disse que Sepp também poderia contar com ele.”