A organização do Giro d’Itália recebeu críticas por parte da União Ciclística Internacional (UCI) devido à sua abordagem logística. Após a etapa de ontem, que terminou no Campo Imperatore, o Giro deu às equipes a opção de utilizar helicópteros para se deslocarem até os hotéis, mediante o pagamento de uma taxa. No entanto, a UCI argumenta que essa prática vai contra alguns princípios.
Durante o Giro, o pelotão ultrapassou pela primeira vez o limite de altitude de 2.000 metros com a chegada no Gran Sasso – Campo Imperatore. Em termos logísticos, essa chegada apresentou desafios consideráveis. Após um dia cansativo de mais de 6 horas de ciclismo, os ciclistas tiveram que enfrentar uma viagem de 2 a 3 horas de carro ou ônibus até o hotel.
Para facilitar esse processo, a organização RCS ofereceu voos de helicóptero. As equipes tinham a opção de aceitar voluntariamente essa oferta, mediante pagamento. Por exemplo, a equipe Soudal-Quick Step reservou um helicóptero para Remco Evenepoel e outros 4 companheiros de equipe, permitindo-lhes economizar tempo para uma massagem e jantar.
No entanto, outras equipes optaram por não utilizar essa possibilidade e desceram até o vale utilizando o teleférico, onde os ônibus da equipe estavam esperando por eles. A UCI considera que essa diferenciação no tratamento das equipes, com a possibilidade de pagar pelo transporte de helicóptero, viola certos princípios que deveriam ser seguidos.