Diretor da Cofidis, Cédric Vasseur, sobre Victor Lafay: “Ele não vale 1,5 milhão de Euros”
A equipe Cofidis não tem o que reclamar da temporada 2023. A temporada foi marcada por dois sucessos no Tour de France, algo que não acontecia desde 2008. Agora, no período em que uma nova temporada se aproxima, o chefe da equipe Cédric Vasseur, concedeu uma entrevista ao site francês Cyclism’Actu, onde abordou, entre outras coisas, a saída de Victor Lafay da equipe.
Nota para a equipe em 2023
Ao ser questionado, sobre que nota ele daria para a sua equipe por todo o ano de 2023, Vasseur respondeu: ” A vitória no Tour de France, colocou a Cofidis novamente no centro das atenções. Foi também uma temporada em que Bryan Coquard ergueu os braços pela primeira vez no UCI WorldTour. Se eu tivesse que dar uma classificação, daria 8/10. Não posso dar mais, pois não tivemos 25 ou 40 vitórias (a Cofidis teve somente 14 vitórias, em 2023).
A escolha de Victor Lafay para o Tour de France
” Estou convencido de que ter escolhido Victor Lafay no último minuto, sem ter contratualizado o seu futuro, é a chave do sucesso. Foi a mesma coisa quando ganhou o Giro, ele tinha uma cláusula especial, se ganhasse uma etapa, seu salário não seria mais o mesmo. Victor é um corredor que precisa constantemente de uma cenoura”.
“Dissemos para nós mesmos: ‘ok, se o Victor vencer e assinar por outro time, pelo menos terá vencido com a camisa do Cofidis’. Se Victor tivesse assinado antes de sua vitória no Tour de France, provavelmente não teria tanta raiva”, complementou Vasseur.
Sem Lafay em 2024
“Lutamos para mantê-lo em nossa equipe. Vimos na imprensa números de 1,5 milhão por ano, nunca propusemos isso, porque o valor do Victor hoje não é de 1,5 milhão. Não devemos cair em algum tipo de loucura, também vimos no final da temporada que ele estava com alguns problemas. Oferecemos um projeto a ele, mas acho que Victor queria uma mudança de cenário”.
Comparação com Patrick Lefevere (Soudal Quick-Step)
“A escolha não foi fácil, pois penso que na cabeça dele, antes do Tour de France, ele tinha virado a página da Cofidis, e depois fez um Tour fantástico… Mas estabelecemos um limite financeiro e não há problema em deixar um corredor sair. Eu uso o método do Patrick Lefevere, quando ele tem um Elia Viviani no auge, ele vende para a Cofidis e aí a gente vê que o que ele fez conosco, não foi legal (risos).
Redes sociais reverberam a entrevista de Cédric Vasseur
Após a entrevista, as redes sociais repercutiram as declarações do chefe da Cofidis. Um dos primeiros a comentar foi do ex-ciclista belga e agora apresentador do Podcast The move, Johan Bruyneel, que deu total apoio ao chefe da Cofidis, conforme pode ser visto abaixo: