Numa retrospectiva que nos leva por décadas de tradição e desafios, o Tour de France continua a ser a joia da coroa do ciclismo profissional, desdobrando-se ao longo de três semanas intensas a cada julho.
A imprevisibilidade é uma constante no Tour, onde a única certeza é que a linha de chegada estará em Paris, a cidade das luzes. Mas quanto tempo realmente dura essa competição emblemática e como ela se compara com as outras grandes voltas, o Giro d’Italia e a Vuelta a España?
A Grandeza do Tour de France
Sempre encabeçando o calendário ciclístico em prestígio e história, o Tour de France nem sempre ostentou a distância mais extensa. No ano de 2023, o Giro d’Italia assume a dianteira como a grande volta mais longa, cobrindo 3.448 quilômetros, enquanto a Vuelta a España se apresenta como a mais curta, com 3.153,8 quilômetros. Na média, no período de 2000 a 2020, o Tour de France se manteve estável com 3.491 quilômetros, o Giro d’Italia apresentou 3.490 quilômetros, e a Vuelta a España totalizou 3.195 quilômetros.
Evolução na Distância
Recuando na história, é evidente que o Tour de France já vivenciou uma metamorfose significativa na extensão de suas etapas. Nas suas primeiras edições, a prova se desenrolava em menos de 3.000 quilômetros, distribuídos em apenas seis etapas.
As edições inaugurais, em 1903 e 1904, destacam-se como as mais curtas, ambas registrando 2.428 quilômetros. A partir desse ponto, a competição testemunhou um aumento expressivo na distância percorrida. Entre 1911 e 1929, os ciclistas encararam desafios que ultrapassaram os 5.000 quilômetros anuais. A edição mais longa na história do Tour ocorreu em 1926, quando os atletas pedalaram incríveis 5.745 quilômetros, quase equivalente à distância entre Paris e Nova York. Essa jornada excepcional continua a moldar a essência e a grandiosidade do Tour de France.
O Tour de France se Adapta ao Tempo
Ao longo dos anos, o Tour de France passou por significativas transformações, especialmente em relação à sua distância e dinâmica. Uma evolução marcante foi a gradual redução da extensão da competição, contrastada pelo aumento no número de etapas.
A metamorfose não se limitou apenas à quilometragem, pois o terreno da corrida também testemunhou mudanças significativas. A rota tornou-se mais diversificada e desafiadora, incorporando elevações íngremes e descidas emocionantes nas montanhas, além de trechos cronometrados contra o relógio.
O Tour de France transcende a mera prova de resistência física; ele se estabelece como um desafio que exige astúcia estratégica, tática apurada e habilidades excepcionais. Essa evolução constante não apenas impulsiona a competição, mas também eleva o nível de exigência sobre os ciclistas, tornando o Tour uma experiência inigualável que vai além da simples corrida.