Diretor da Vuelta a España revela os valores para sediar uma etapa e afirma: “Hoje La Vuelta é um objetivo e não uma desculpa”
A Vuelta a España, que terá sua grande largada em Lisboa, na edição 2024, deixou há muito tempo, a sensação de que fazer parte, era uma forma de tentar salvar a temporada. “Hoje é um objetivo e não uma desculpa”, considera o seu diretor, Javier Guillén, em uma entrevista na Associação de Imprensa Desportiva de Valladolid.
Finais em montanhas são os preferidos
“Somos uma corrida que sabe que as pessoas gostam mais de finais de montanha do que de sprints. Embora todos os anos, pelo menos um terço das etapas possam ser disputadas em sprint, pensamos que uma chegada em ascensão pode dar-nos um espetáculo mais longo, de vários quilômetros”.
Javier Guillén explicou as bases da organização em particular, para delinear o perfil desportivo de cada edição.
“Tudo inicia por onde você começará e sabendo onde quer mais intensidade, a montanha ou o contrarrelógio. Trabalhamos muito nos finais de semana e na última semana temos consciência, de que deve ser difícil”.
Custos das etapas
Neste sentido, embora “La Vuelta” por vezes se aproxime de diversos municípios, onde pretende passar, são muitos os interesses, para receber para ser o início ou o fim de uma etapa.
“O valor do contrarrelógio ronda os 150 mil euros, o da chegada ronda os 100 mil e o da saída, ao redor dos 50 mil. Há duas etapas que custam muito mais, a saída oficial e a chegada ”, reconheceu o diretor-geral da Unipublic.
Ele ainda explicou que isto acontece porque a largada é “um evento dentro de um evento promocional anual”, cujo custo pode ultrapassar os milhões de euros, e que o compromisso existente é que a corrida termine em Madrid.
Final perfeito
Durante a entrevista o dirigente deixou claro “que o filme preferido é o de um estrangeiro lutando contra um espanhol” pela camisa vermelha, algo que não aconteceu na edição passada, mas que Guillén espera que possa acontecer novamente, com a nova geração de ciclistas, liderados por Juan Ayuso ou Carlos Rodríguez.