Presidente da Associação de Ciclistas Profissionais garante que somente 3% dos ciclistas, querem uma posição extrema dos manetes
Tudo teve início em dezembro do ano passado, quando a UCI divulgou a mais recente adição à sua extensa lista de proibições; os manetes de freio. Nas últimas temporadas, observou-se uma crescente prática de virar os manetes de freio para dentro, visando obter vantagens aerodinâmicas.
Assim, a organização anunciou que iria trabalhar “com a indústria do ciclismo para criar uma regulamentação clara, sobre a inclinação extrema das alavancas dos freios”.
Adam Hansen afirma que ciclistas rejeitam a posição
Adam Hansen, presidente da Associação de Ciclistas (CPA), em entrevista à Ride Media afirma que a grande maioria dos ciclistas profissionais rejeita a utilização desta posição aerodinâmica: “Os ciclistas são contra posições realmente extremas. Fiz uma pesquisa com os pilotos do Giro d’Italia sobre onde eles acham que deveriam estar as alavancas de freio. Dei a eles opções de direto, cinco graus, dez graus e extremo. Apenas 3% votaram na posição extrema.”
Presidente da CPA alega questão de segurança
“Não é pela posição dos ciclistas em relação a alavanca em si, mas quando os ciclistas têm que frear. Nesta posição (com as alavancas na posição extrema) os manetes não podem ser alcançados corretamente. Você tem que girar o pulso e, quando o fizer, será tarde demais.”
“Trabalhei com Michael Rogers (Chefe de Estradas e Inovação) na UCI. Ele descobriu que o guidão não foi projetado para ter a alavanca posicionada dessa forma, então algumas rachaduras se formaram no guidão. A UCI fez uma investigação e percebeu que havia pontos de tensão maiores quanto mais as alavancas eram viradas para dentro”, finaliza hansen.