Freios à disco podem ter causado o terrível acidente, “Vamos esperar outra morte?” acusa Presidente do Sindicato dos Ciclistas Franceses
Os freios a disco têm sido um tópico de debate acalorado no mundo do ciclismo de estrada. Enquanto alguns defendem sua eficácia e segurança, outros expressam preocupações significativas sobre sua adequação para competições de estrada.
O presidente do Sindicato dos Ciclistas Franceses, Pascal Chanteur, é um crítico contundente dos freios a disco, e ele recentemente fez um apelo veemente para que medidas sejam tomadas em relação a este assunto. Este artigo explora as preocupações de Chanteur e as implicações dos freios a disco nas corridas de estrada.
O Alerta de Pascal Chanteur
Em uma conversa com a agência AFP, Pascal Chanteur fez um apelo urgente aos órgãos que tomam as decisões do ciclismo para que abordem as questões relacionadas aos freios a disco.
“Não podemos continuar assim”, declarou o ex-ciclista profissional, expressando sua indignação com o uso de freios a disco e criticando indiretamente o lobby dos fabricantes de bicicletas pelos acidentes ocorridos.
Chanteur questionou: “Vamos esperar que aconteça outra morte? Que um ciclista corte as duas pernas e morra antes que as pessoas comecem a perceber? Se essa for a opinião geral, não vamos esperar muito”. Estas palavras refletem a seriedade da situação e a necessidade de ação imediata.
Frenagens bruscas podem podem ter causado acidentes
O principal ponto de preocupação de Chanteur são os freios a disco, que ele acredita não serem adequados para corridas de estrada. Ele argumenta que esses freios permitem uma “frenagem de emergência, brutal e instintiva”, o que pode levar a erros graves e acidentes.
Além disso, Chanteur também destacou as questões relacionadas às marchas das bicicletas. Ele mencionou que os ciclistas podem atingir velocidades de até 80 km/h e, após uma queda, torna-se difícil evitar lesões graves.
Diferença de 1 Euro não proporcionou mudança
Chanteur não hesitou em apontar o dedo para os fabricantes de bicicletas. Ele revelou que, ao introduzir os freios a disco, foi solicitado que as arestas vivas dos discos fossem arredondadas para evitar lesões. No entanto, houve resistência devido ao custo adicional de apenas um euro por disco.
Chanteur criticou essa postura, afirmando: “Venderam dez milhões de peças. Qual é o problema, se você proteger o ciclista evitando amputações de pernas, dedos, braços?”