Tadej Pogacar fará sua estreia no Giro d’Italia e surge como o principal candidato à vitória geral, assumindo o lugar de seu compatriota Primoz Roglic, vencedor da edição de 2023, que não defenderá seu título este ano.
Além de Pogacar, outros ciclistas como Cian Uijdebroeks, Geraint Thomas, Daniel Felipe Martínez, Ben O’Connor, Damiano Caruso, Romain Bardet e Eddie Dubar podem ser considerados favoritos para a competição.
Pogacar pode vestir a Maglia Rosa na 1ª etapa
Muitos analistas apostam que o esloveno pode registrar neste ano, um feito inédito, vestir a Maglia Rosa já na 1ª etapa e permanecer com ela durante toda a competição, algo até hoje nunca visto na Corsa Rosa, conforme informou o Giro do Ciclismo aqui.
No entanto, algumas etapas são emblemáticas. Pelo perfil, essas etapas podem, proporcionar grandes margens de tempo, podendo até mesmo modificar a classificação, através de situações inusitadas, como um furo de pneu, por exemplo.
Onde o Giro d’Italia pode ser decidido
A edição de 2024 do Giro d’Italia terá uma extensão total de 3.400 km, apresentando duas etapas de Contrarrelógio, cobrindo um total de 68,2 km. Haverá seis chegadas em altitudes elevadas, incluindo locais emblemáticos como Oropa, Prati di Tivo, Cusano Mutri, Livigno, Monte Pana e Passo Brocon.
Além disso, os ciclistas enfrentarão desafios notáveis, como as lendárias subidas do Stelvio e do Monte Grappa.
Confira as etapas decisivas
2ª Etapa – 5 de maio: San Francesco al Campo – Santuário de Oropa (Biella) / 150 km
A primeira finalização em alta deste Giro acontecerá no segundo dia de prova. Uma serra média na reta final de uma etapa muito interessante, que culminará com a subida ao Santuario di Oropa. Tom Domoulin foi o último a vencer este cume que tem 11,8 km a 6,2%. Um dia que pode começar a gerar diferenças na classificação geral.
6ª etapa – 9 de maio: Viareggio – Rapolano Terme / 177 Km.
O Gravel Toscano retorna ao Giro d’Italia. Serão 11,6 km divididos em três trechos que ficam localizados na parte final da etapa e que podem causar diferenças caso alguém não entre em boa posição. O pelotão enfrentará os trechos Vidritta e Bagnaia da Strade Bianche, seguidos por um novo trecho Pievina.
7ª etapa – 10 de maio: Foligno – Perugia Tudor / 40,6 Km (CRI)
Depois do Gravel, o primeiro dia chave para a classificação geral. Um Contrarrelógio plano e em grande parte não técnico, de 40,6 km até Perugia que favorecerá altas velocidades até a subida final da quarta categoria em direção à capital da Úmbria, Perugia.
8ª etapa – 11 de maio: Spoleto – Prati di Tivo / 153 Km.
As altas montanhas chegam ao Giro com o Abruzzo. 3.750 m para uma etapa de cinco estrelas que exigirá a superação das subidas à Forca Capistrello, com 16,3 km de extensão, Croce Abbio e a última subida do Prati di Tivo (14 km a 7%).
14ª etapa – 18 de maio: Castiglione delle Stiviere – Desenzano del Garda Tudor / 31 Km (CRI)
Novo dia chave para a luta pela classificação geral. Mais um longo Contrarrelógio dedicado aos especialistas, com um percurso plano.
15ª etapa – 19 de maio: Manerba del Garda – Livigno (Mottolino) / 220 Km.
O dia mais longo do Giro 2024 está marcado em vermelho pelos favoritos. A Suíça não permitiu a passagem e o percurso teve que ser modificado, mas isso não tira o interesse de um dia de montanhas altíssimas com 5.300 metros de desnível.
Lodrino e Colle San Zeno (13,8 km a 6,6%) abrirão os trabalhos antes de passar por Mortirolo (12,2 km a 10,8%) e terminar na estação de esqui Mottolino em Livigno (8,1 km a 6,6%, com rampas de subida para 18%), a 2.385 metros de altitude.
16ª etapa – 21 de maio: Livigno – Santa Cristina Valgardena / 202 Km.
Sem trégua, chega outro dia alpino emocionante. Outros 4.300 metros acumulados com passagem pelo Stelvio (Cima Coppi 2024, ponto mais alto da prova). Após o Stelvio, uma longa descida até a última subida do dia: uma longa ascensão até Castelrotto e Passo Pinei com declives acentuados de mais de 15%.
17ª etapa – 22 de maio: Selva Di Val Gardena – Passo Del Brocon / 159 Km.
Nova caminhada pelo coração das Dolomitas com cinco passagens e saída em direção a Passo Sella (8,9 km a 7,4%). Depois virá o eterno Passo Rolle (19,8 km a 10%), o Passo Gobbera, mais curto e de terceira categoria, e uma dupla subida ao Passo de Brocon (13,3 km a 14%). Etapa chave que pode definir o pódio em Roma.
20ª etapa – 25 de maio: Alpago – Bassano Del Grappa / 175 Km.
Última tentativa de mudança, se ainda não estiver tudo definido. Uma dupla passagem pela tortura do Monte Grappa (18,2 km a 8,1%) marcará o último dia de montanha da Corsa Rosa.