Primoz Roglic afirma “mudei de equipe para vencer o Tour de France”, confira a entrevista completa do esloveno na apresentação do Tour

Primoz Roglic, estava visivelmente relaxado durante a entrevista coletiva no início do Tour em Florença. O ciclista esloveno dedicou um tempo considerável para responder às inúmeras perguntas dos jornalistas.

Aos 34 anos, Roglic está pronto para enfrentar a competição nas próximas três semanas. “Espero que possamos fazer uma boa luta juntos”, disse o tricampeão da Vuelta a España antes da largada. Confira a entrevista do esloveno.

Você está pronto para a luta com Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard?

“É bom estar aqui, felizmente parece que finalmente é verão. Eu gosto disso. Mas devo também dizer que não estamos absolutamente entre os favoritos como equipe. Estamos competindo contra grandes campeões”.

“Mas meus companheiros mostraram que são fortes nas últimas competições. Estamos ansiosos para nos divertir na França. Ou primeiro na Itália, desculpe!”

Como você está, após as quedas no Critérium du Dauphiné?

“Estou bem, obrigado. Embora agora eu me sente confortavelmente em uma cadeira e não na bicicleta, haha. Estou pronto. Estou ansioso para começar no sábado”.

“Todos os favoritos e todos os ciclistas que iniciam o Tour prepararam-se até ao último detalhe. Todos estarão prontos. E espero que todos estejam no seu melhor, para que possamos mostrar a corrida ao mais alto nível.”

Como será competir contra Vingegaard?

“Ele venceu as duas últimas edições. Para mim, seria legal incluir o Tour na minha lista de conquistas, pois ainda falta. Mas devo dizer que não penso muito nos meus concorrentes. Com uma nova equipe e novos companheiros, temos muito trabalho a fazer”.

“Temos que nos ajustar para colocar cada membro no lugar certo para o trabalho certo. É com isso que estou principalmente preocupado, para que possamos ter um melhor desempenho juntos.”

Você espera um corpo a corpo nas próximas semanas ou os times são muito importantes?

“Todos sabemos que o ciclismo é um esporte coletivo. As etapas têm duzentos quilômetros de extensão e cada membro da equipe tem suas próprias qualidades. Infelizmente, para esses caras, o pessoal da TV só vê as batalhas entre os líderes nos últimos quilômetros”.

“Aí é realmente de homem para homem. Depois, cabe a nós, os líderes, terminar da melhor maneira possível. Às vezes isso significa que você venceu, às vezes não. Mas antes disso, cada companheiro de equipe tem um capítulo nessa história toda. Sem eles, os melhores resultados não são possíveis.

Quanto ao equilíbrio de poder: veremos, hein? Espero especialmente que possamos superar os nossos preparativos. Se tivermos sucesso, seremos felizes.”

Você acha que esta é sua última chance de vencer o Tour, dada a sua idade?

“Ainda me sinto com vinte anos, hahaha. Estou feliz. Cada chance que você tem na vida… Em primeiro lugar, estar aqui, vivenciar a largada no sábado, já é alguma coisa”.

“Eu realmente não me preocupo com esse tipo de pergunta. Mas é verdade que mudei de equipe, para realmente ter a oportunidade de vencer o Tour de France”.

“Os fatos estão sobre a mesa. Estou apenas feliz. Só não quero poder me culpar. Se você colocar tudo nisso e eu fizer o meu melhor, posso viver com isso. Seja o último Tour que faço, ou talvez faça mais dez! Enquanto eu gostar, continuarei fazendo isso.”

Como a chegada da Red Bull muda para você e sua equipe?

“É fantástico fazer parte deste grande projeto. Um grande patrocinador como a Red Bull, é verdadeiramente importante, é um verdadeiro divisor de águas para o ciclismo como um todo”.

“Isso torna as equipes mais fortes, o que significa que os ciclistas também serão mais fortes. Eles elevam ainda mais o nível do ciclismo. Em última análise, isso é o melhor para todos nós. Mas nas próximas três semanas, espero especialmente que isso dê asas ao nosso time, haha!”, finalizou o esloveno, com seu bom humor característico.