UAE Team Emirates e Visma-Lease a Bike utilizam controverso teste de valores sanguíneos

Introdução do Rebreather no Ciclismo

A UAE Team Emirates e a Visma-Lease a Bike estão utilizando um método relativamente novo para testar valores sanguíneos no ciclismo: o “Rebreather de Monóxido de Carbono”, conforme relata o site escape collective.

Este dispositivo, também conhecido como reinalador, permite que o monóxido de carbono entre nos pulmões de maneira controlada e precisa, possibilitando a medição de valores sanguíneos importantes. Além disso, o equipamento pode aumentar a captação de oxigênio, o que também pode trazer riscos.

Uso na Visma-Lease a Bike

Mathieu Heijboer, diretor de desempenho da Visma-Lease a Bike, reconhece que a equipe utiliza o rebreather.

“Temos trabalhado com Bent Rønnestad, cientista esportivo e especialista em fisiologia em altitude, há alguns anos para realizar essas medições no início e no final dos cursos de treinamento em altitude”, afirmou ele ao Escape. A seleção holandesa só faz essas medições na presença de Rønnestad.

UAE Team Emirates utiliza como diagnóstico

A UAE Emirates usa o rebreather exclusivamente para testar pilotos. “Não é terapia. É uma ferramenta de diagnóstico que utilizamos para saber qual é a fisiologia dos nossos atletas”, revela Adriano Rotunno, médico especialista da UAE Team Emirates.

Teste é considerado controverso

Apesar dos benefícios, o uso do rebreather de monóxido de carbono é considerado controverso e potencialmente perigoso, pois o monóxido de carbono é um gás mortal.

O equipamento pode ser usado para inalação de CO, um método arriscado que pode melhorar o desempenho ao aumentar o consumo máximo de oxigênio e influenciar os valores de VO2máx.

Pesquisas recentes indicam que pode ter os mesmos efeitos que o treinamento físico em altitude, podendo complementar ou até substituir a estadia em altitude.

Rebreather não possui contra indicação da WADA

As técnicas de rebreather e inalador ainda não foram proibidas pela Agência Mundial Antidopagem (WADA), mas há preocupações sobre seu uso potencial para manipulação artificial do sangue. Embora não esteja claro se as principais equipes utilizam essa técnica, fontes indicam que há preocupação e que a prática pode já estar presente nos esportes de elite.