A segurança no ciclismo tem sido uma preocupação constante desde o trágico acidente fatal envolvendo Gino Mäder no Tour de Suisse. Muitos têm se perguntado como tornar o ciclismo mais seguro. Uma das sugestões levantadas é evitar colocar o final das etapas imediatamente após uma descida. No entanto, o ex-ciclista profissional Michael Rasmussen, atualmente analista na rede dinamarquesa Ekstra Bladet, não acredita que essa medida seja suficiente para evitar acidentes graves.
Rasmussen afirma: “Não importa. Os ciclistas ainda vão pedalar com a mesma intensidade para ganhar 20 segundos na parte inferior da colina. Não faz sentido. É simplesmente a natureza arriscada do ciclismo, onde há muitos riscos associados às descidas.”
O ex-ciclista dinamarquês também argumenta que não se pode impor uma regra desse tipo, pois isso afetaria a realização de corridas como Milano-Sanremo ou etapas do Tour, como a de Morzine ou Courchevel deste ano. É importante ressaltar que Rasmussen confessou o uso de doping durante sua carreira em 2013.
No caso específico da descida do Albula Pass, onde Mäder sofreu a queda, Rasmussen considera que não é uma estrada particularmente perigosa. Segundo ele: “É uma estrada grande, larga e aberta, com um asfalto relativamente bom. Não há argumento razoável para não poder correr lá. Se fosse o caso, teríamos problemas em muitos outros lugares.”