Depois de vitórias impressionantes no Strade Bianche, Tour da Catalunha, Liège-Bastogne-Liège e Giro d’Italia, há uma grande expectativa de que Tadej Pogacar possa conquistar o Tour de France este ano.
O analista Jan Bakelants, em entrevista ao Het Laatste Nieuws, defende Pogacar contra qualquer insinuação de doping.
Comparações com Lance Armstrong
“Devo duvidar do combustível que Pogacar usa? Não tenho motivos para isso. Seu desempenho é tão consistente: durante todo o ano e ao longo de sua carreira”, afirma Bakelants.
Bakelants destaca que não conhece nenhum produto antidoping que possa justificar o desempenho de Pogacar. “Não conheço nenhum produto antidoping que possa fazer isso. Vejo principalmente diferenças com a abordagem de Lance Armstrong na época”.
“Durante as corridas de preparação ao Tour ele não era o ciclista que era no Tour de France. Ele era bom no Dauphiné, mas no Tour em si ele era excelente”.
“A diferença era de vinte por cento, devido à sua ‘preparação’ específica. Não há diferenças com Pogacar, ele é o melhor em todos os lugares”, afirma Bakelants.
Remco Evenepoel seria camisa amarela há cinco anos
Além de Pogacar, Bakelants menciona que é necessário atualizar a visão sobre o ciclismo profissional. Ele aconselha a não analisar o Tour de France com base nas experiências dos últimos dez, vinte ou trinta anos.
“Estou no pelotão profissional há quinze anos, mas essa experiência não se aplica, quando falamos dos três primeiros da Classificação Geral do Tour de France – eles são extraordinários”, explica Bakelants.
“Falo deliberadamente dos três primeiros, porque não são só Pogacar e Vingegaard, mesmo depois de Evenepoel há uma grande diferença com os restantes. Com o nível que atinge hoje, Evenepoel seria o camisa amarela há cinco anos”, finaliza Bakelants.