Ciclismo de Estrada Olímpico: prévia do percurso, com paralelepípedos e mais altimetria que o Tour de Flandres

Historicamente, os Jogos Olímpicos não ocupavam uma posição de destaque no mundo do ciclismo profissional. No entanto, essa percepção mudou drasticamente. Hoje, a corrida de estrada olímpica é um dos principais objetivos para muitos dos melhores ciclistas do mundo.

Grandes nomes como Mathieu van der Poel, campeão mundial, e Remco Evenepoel, campeão mundial de contrarrelógio, estão entre os atletas que consideram a medalha de ouro olímpica um dos troféus mais cobiçados.

Além deles, Wout Van Aert, Mads Pedersen, Tom Pidcock, Biniam Girmay, os portugueses Rui Costa e Nelson Oliveira e o brasileiro Vinícius Rangel, não escondem suas ambições de triunfar na prova que acontecerá no próximo sábado às 11h (hora local).

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Após Contrarrelógio, Rui Costa estará na sua especialidade, no próximo sábado

Altimetria maior que o Tour de Flandres

O percurso da corrida de estrada dos Jogos Olímpicos tem características que lembram uma clássica corrida de primavera flamenga, com a inclusão de subidas curtas e paralelepípedos, que em caso de chuva podem adicionar um tempero extra à competição.

A prova de 273 quilômetros, que acontecerá em Paris, apresenta uma altimetria desafiadora, com um total de 2.800 metros de elevação, superior aos 2.200 metros do Tour de Flandres. A elevação é distribuída ao longo de todo o percurso, mas estará principalmente nos últimos 150 km.

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Seis ascensões em apenas 40 quilômetros

A corrida começa no bairro Trocadéro, próximo à Torre Eiffel. Após uma fase de neutralização ao longo do Sena, os ciclistas são farão uma volta de aproximadamente 200 quilômetros, predominantemente ao sudoeste de Paris. Durante essa fase, os atletas enfrentarão dez subidas categorizadas, que, embora não sejam extremamente íngremes ou longas, acumulam desgaste ao longo do tempo.

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A seção mais desafiadora ocorre entre os quilômetros 165 e 205, onde seis côtes são enfrentadas em apenas quarenta quilômetros. As subidas incluem a Côte de Senlisse (1,3 km a 5,3%), Côte d’Herbouvilliers (850 metros a 5,7%), Côte de Saint-Rémy-lès-Chevreuse (1,3 km a 6,3%), Côte de Châteaufort (900 metros a 5,7%), Côte de Bièvres (1,2 km a 6,5%) e Côte du Pavé des Gardes (1,3 km a 6,5%).

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Brasileiro Vinícius Rangel já está em Paris

O Grand Finale em um circuito local

O final da prova ocorre no histórico bairro de Montmartre, lar de artistas como Henri Matisse, Vincent van Gogh e Pablo Picasso. O circuito urbano de 18,4 km, que será percorrido duas vezes e meia, inclui várias subidas, destacando-se a Butte Montmartre. Esta subida de paralelepípedos em direção à Basílica de Sacré-Cœur tem um quilômetro de extensão com uma inclinação média de 6,5%.

Após a última escalada da Butte Montmartre, os ciclistas ainda terão 9,5 km com uma descida em direção ao Sena, terminando na Pont d’Iéna, junto a Torre Eiffel, onde a linha de chegada estará traçada.

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