Tadej Pogacar revela problema inusitado com géis de carboidrato “não mudei apenas na bicicleta”, assista o vídeo

Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) concedeu uma entrevista ao médico canadense e especialista em fisiologia Peter Attia, onde o esloveno revelou uma série de aspectos sobre suas características pessoais e seu treinamento. Pogacar destacou também as mudanças que implementou na sua alimentação, um aspecto que acreditava ser impossível de alcançar, durante sua primeira vitória no Tour de France em 2020.

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Dr. Peter Attia

“Não mudei apenas na bicicleta”

“Eu não mudei apenas o treinamento na bicicleta, implementei mais o treinamento básico, mais coisas fora da bicicleta, entrei mais nos detalhes da nutrição também.” O ciclista ressaltou que com o passar dos anos, ele se tornou mais cuidadoso com a alimentação.

“Estou ficando mais velho, então não estou mais tão obcecado em comer bolo com bolo ou apenas comer merda”, comentou com um toque de humor Tadej Pogacar.

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Pogacar e sua bicicleta em 2020, Colnago V3Rs, modelo ainda sem freios à disco

Meu peso gira ao redor de 65kg

Pogacar foi transparente ao falar sobre seu peso. “Durante o Tour de France meu peso gira ao redor de 65 quilos, fora de competição ou na manhã seguinte a uma festa, meu peso chega a 69 kg”, brincou Pogacar, arrancando risos do entrevistador.

Ele destacou sua relação com a ingestão de carboidratos por hora, o que tem sido um dos fatores cruciais para o nível impressionante que o ciclismo moderno atingiu.

“Inicialmente eu não conseguia ingerir tantos carboidratos, mas me adaptei. Na bebida, temos 30 ou 60 gramas por garrafa; eu honestamente gosto dos 30 gramas porque eu posso comer mais, mas quando é em uma etapa, é melhor ter 60 gramas na garrafa e comer menos”, explicou.

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Pogacar entrega sua garrafa ao pequeno fã, durante o Giro d’Italia 2024

Muitos problemas com carboidratos em 2020

Para ele, a ingestão de carboidratos é fundamental, especialmente em momentos críticos das corridas. “Em etapas difíceis, você precisa obter 120 gramas por hora. 5 anos atrás, 120 gramas por hora parecia impossível, mas com boa comida, com boa nutrição e com nosso nutricionista, ele projetou géis e bebidas muito bons que são simples para o intestino”, afirmou.

“Cinco anos atrás, eu sempre defecava nas calças após as corridas por etapas ou corridas longas e agora, mesmo comendo 120 gramas, não tenho problemas de estômago”, complementou Pogacar.

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Pogacar ao conquistar seu 1º Tour de France em 2020

O Desempenho no Tour de France

Para Pogacar, o Tour de France continua sendo o objetivo maior. “O Tour de France é a maior corrida do ciclismo. Para continuar no topo, você precisa fazer o Tour de France e, sim, batalhar entre mim e Jonas, empurrando um ao outro, e o Tour é o teste para ver quem é o melhor daquele ano”, declarou ele, confirmando que continuará a competir no Tour enquanto ainda se sente motivado.

“Vou continuar no Tour até que eu goste. Quando eu não gostar mais desse estresse, penduro a bicicleta na garagem para o verão”, disse, ressaltando seu compromisso com a prova.

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Pogacar e seu grande rival, Jonas Vingegaard

A rivalidade com Jonas Vingegaard

Pogacar também fez comentários sobre Vingegaard, que não conseguiu igualar seu desempenho no verão de 2024. “Jonas teve uma grande lesão este ano. Não sei exatamente como foi sua recuperação porque eles conseguiram sua recuperação em segredo, mas acho que ele pôde começar a treinar normalmente de forma imediata”, afirmou Pogacar.

Ele observou que, embora Vingegaard tenha retornado ao treinamento de forma gradual, o impacto dessa recuperação na preparação para uma corrida de três semanas foi evidente.

“Você tem a potência, tipo 10 minutos de melhor produção de potência, 10 minutos, 5 minutos, um dia… Mas o corpo ainda não está acostumado a aguentar isso diariamente. Acho que foi o caso do Jonas este ano, ele tinha grande potência, grandes números, mas não para três semanas”. concluiu Tadej Pogacar,

Assista a entrevista completa

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