A UAE Team Emirates está vivendo uma temporada impressionante em 2024. Sob a liderança do espetacular Tadej Pogacar, conquistando um total de 77 vitórias profissionais até agora, distribuídas entre 20 dos seus 30 ciclistas.
No entanto, Patrick Lefevere, diretor da Soudal Quick-Step afirma que grande parte deste sucesso refere-se ao poder financeiro da equipe e admite também, que competir contra isso se tornou uma tarefa cada vez mais difícil, especialmente na disputa por novos talentos.
“Gregários da UAE seriam líderes em outras equipes”
Patrick Lefevere afirma que o poder financeiro da UAE Team Emirates desempenha um papel crucial no sucesso da equipe. “É claro que o poder do dinheiro desempenha um papel no domínio na UAE Team Emirates. Não é segredo que mesmo seus gregários seriam líderes na maioria das outras equipes”, escreve Lefevere em sua coluna no jornal belga Het Nieuwsblad.
No entanto, ele também quer ressaltar que o mérito da equipe vai além dos recursos financeiros: “Ao mesmo tempo, não quero minimizar o mérito da equipe. O time da UAE Team Emirates também é habilmente composto, com muitos jovens talentos.”
Estratégia na contratação de jovens talentos
A estratégia da UAE Team Emirates de investir inteligentemente em jovens promessas, em vez de pagar grandes quantias para atrair estrelas de outras equipes, é algo que Lefevere admira.
“A lista de seus vinte vencedores inclui nomes como Isaac Del Toro, Jan Christen e António Morgado, todos com vinte anos. Com Tadej Pogacar, eles têm o maior talento no topo da pirâmide, mas também investem muito na base.”
“Conversamos com António Morgado”
Lefevere admite que disputar a contratação de novos talentos se tornou mais complicado devido à estratégia da UAE Team Emirates. “Isso dificulta a competição dos demais. Joxean Matxin, o diretor esportivo da UAE Team Emirates, é um bom olheiro, mas nosso Johan Molly também”.
“Também conversamos com António Morgado, além de conhecer Tadej Pogacar e Mikkel Bjerg, mas eles (Pogacar e Bjerg), não eram viáveis em termos de orçamento.”
Lefevere destaca como o dinheiro acaba sendo o fator decisivo na escolha dos ciclistas. “Você pode ter a melhor equipe e o melhor ambiente, mas muitas vezes não é mais o fator decisivo, no final das contas, muitas vezes é o dinheiro que determina a escolha dos ciclistas”, finaliza Patrick Lefevere.