UCI deve anunciar mudança em regra dos últimos 3km, caso Primoz Roglic teria inspirado mudança
A União Ciclística Internacional (UCI) anunciou uma mudança significativa na conhecida regra dos 3 quilômetros. A partir de 2025, as quedas sem envolvimento de outros ciclistas ou fatores externos deixarão de garantir o mesmo tempo do pelotão para o ciclista acidentado, conforme revela o canal Directvélo.
Regra dos 3 quilômetros
Atualmente, a regra dos 3 km garante mudança em um incidente dentro dos 3 quilômetros finais. O artigo atualmente em vigor considera como incidente “ qualquer acontecimento independente das capacidades físicas do próprio ciclista (queda, problema mecânico, furo) e da sua vontade de permanecer com os ciclistas em cuja companhia se encontra no momento do incidente ”.
Assim, atualmente, o atleta tem seu tempo igualado ao grupo em que estava no momento do incidente. Essa regra visa evitar que infortúnios nos momentos finais de uma prova comprometam toda a estratégia da equipe e do ciclista.
O que mudará a partir de 2025
Com a nova alteração, a UCI decidiu especificar as melhores condições que permitiriam ao ciclista manter o ritmo do pelotão. A partir de 2025, se um ciclista cair por razões que não envolvam outros competidores ou fatores externos – como cair sozinho, bater nas cercas ou cair por algum erro individual – ele não terá seu tempo ajustado. Nesses casos, a perda de tempo será considerada e refletida na classificação final da etapa.
Caso Primoz Roglic aparentemente inspirou mudança
A mudança ocorre em resposta a situações como a ocorrida na 11ª etapa do Tour de France deste ano. Durante a descida antes da linha de chegada, Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) e Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) estavam na frente, enquanto Primoz Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe) e Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) perseguiam.
Roglic, acabou caindo e perdendo cerca de 30 seg, mas foi creditado com o mesmo tempo de Evenepoel, devido à regra atual. Com a nova alteração, não haverá mais a recuperação automática do tempo perdido, garantindo que apenas fatores realmente fora do controle do ciclista sejam considerados.