Lenda do ciclismo alerta sobre favoritismo de Tadej Pogacar no Tour “ele é favorito, mas Jonas Vingegaard também era”
Mais um grande duelo entre a duas principais estrelas do ciclismo mundial é esperado no próximo Tour de France (05.07). A lenda do ciclismo espanhol, Miguel Indurain, pentacampeão do Tour de France (1991, 1992, 1993, 1994 e 1995), não hesitou quando foi questionado sobre quem seria o favorito para o Grand Tour Francês.
Para o espanhol, um conjunto de fatores colocam Tadej Pogacar, como o principal favorito para vencer a próxima edição da prova francesa destacando. “Pela força, pela equipe e pela motivação”, afirmou o lendário ciclista espanhol.
“Pogacar sai como favorito, mas Vingegaard também era”
Durante um evento em Bilbao, onde acontecia uma homenagem ao ex-ciclista basco Jesús Loroño, falecido em 1998 e vencedor da Vuelta a España (1957) Miguel Indurain concedeu uma entrevista ao jornal espanhol Marca.
Indurain iniciou lembrando que “Pogacar sai como favorito, embora no ano passado (Jonas) Vingegaard também tenha saído como favorito, porque havia vencido no ano anterior e sua temporada foi interrompida devido a uma queda (na Volta ao País Basco)”.
“Tadej Pogacar é forte, tem uma boa equipe, moral e é jovem”
Indurain ressaltou ainda que, apesar de Tadej Pogacar ter sido o vencedor da última edição, “essa condição deve ser demonstrada todos os dias” num cenário de competição onde “há muita tensão” e onde quedas ou lesões podem ocorrer.
“Ele é forte, tem uma boa equipe, tem moral e é jovem, mas todos os anos as corridas são completamente diferentes”, comentou.
“Agora há etapas mais curtas e subidas muito difíceis”
Ao comparar o ciclismo atual com a sua época, Indurain destacou as mudanças significativas no estilo das competições. “Eu gostava das corridas de três semanas e das etapas longas. Agora há outros espetáculos, etapas mais curtas e subidas muito difíceis. Tudo muda e evolui”, analisou.
Ele explicou que o ciclismo contemporâneo é “muito mais explosivo” do que nos anos 80 e 90, mas frisou que é necessário adaptar-se às mudanças. “No tempo de Loroño era um ciclo, no meu outro e agora outro. E no futuro também será diferente. Você tem que se adaptar ao que está lá em todos os momentos”, finalizou Miguel Indurain.