Polêmica no Challenge Mallorca “3 ciclistas pararam a competição, se fosse em La Vuelta não aconteceria” afirma diretor, assista a entrevista

Apenas 23 quilômetros haviam sido percorridos no Troféu Andratx-Pollença, quarta prova do Desafio de Maiorca, quando os comissários decidiram suspender e, posteriormente, cancelar a corrida. O percurso deste sábado era um dos mais exigentes da semana, incluindo a subida do Puig Major e o final no Mirador d’Es Colomer, onde tudo já estava preparado para a chegada.

No momento da largada em Andratx, a chuva ainda não havia começado, mas os ciclistas estavam equipados com roupas impermeáveis, cientes da previsão adversa, que se concretizou pouco depois do início da prova.

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No momento da largada ainda não chovia

Acidentes e impacto no pelotão

Após alguns ataques e uma fuga já estabelecida, as quedas começaram a ocorrer. O ciclista Jordi López (Euskaltel Euskadi) sofreu uma fratura na clavícula. No pelotão, os corredores perceberam que a estrada estava escorregadia, levando à decisão de interromper a prova.

Os ônibus das equipes, que já estavam a caminho da linha de chegada, precisaram retornar a Andratx para buscar os ciclistas. Entre os afetados pelo cancelamento estava José María García, da Illes Balears Arabay, equipe local, que lamentou a decisão.

“É uma pena que uma oportunidade tão boa de nos mostrarmos competitivos como estrutura continental acabe sendo suspensa pelas equipes que lideram o pelotão. O percurso era muito perigoso, mas conseguimos competir. Espero que todos os que caíram estejam bem”.

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José María García liderava a fuga, no momento do cancelamento

“Os três corredores que representam o CPA nesta corrida, tinham decidido parar”

O diretor geral do Challenge Ciclista Mallorca, Manuel Hernández, expressou seu descontentamento com o cancelamento da etapa devido ao mau tempo.

“Saímos de Andratx e houve algumas quedas, no 23º quilômetro, o presidente do júri técnico recebeu a mensagem dos três corredores que representam o CPA nesta corrida, que a estrada era perigosa e eles tinham decidido parar. Eram eles, não a organização.”

Esses representantes foram o argentino Eduardo Sepulveda (Lotto), o norueguês Jonas Iversby Hvideberg (Uno-X) e o italiano Simone Velasco (Astana).

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“Se fosse La Vuelta ou o Tour isso não teria acontecido”

“Se fosse La Vuelta ou o Tour de France em vez de Mallorca, eu apostaria que isso não teria acontecido”, afirmou Manolo Hernández.

Hernández também ressaltou que a segurança dos ciclistas é prioridade, mas criticou a falta de diálogo. “Respeitamos a decisão dos ciclistas, mas não concordamos com ela. Não gostamos nem um pouco porque a organização não teve voz nessa decisão. Achamos que é uma falta de respeito com a organização porque ela investiu muito dinheiro e nem sequer vieram buscar soluções. Expressamos nosso absoluto repúdio”.

Assista a entrevista de Manuel Hernádez

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