Parlamento Europeu pede o cancelamento do Campeonato Mundial de Ciclismo, “não há plano B adverte UCI”
O próximo Campeonato Mundial de Ciclismo, marcado para acontecer em Kigali, Ruanda, está sob intensa pressão. Embora o presidente da União Ciclística Internacional (UCI), David Lappartient, tenha descartado qualquer possibilidade de adiamento ou realocação, o Parlamento Europeu solicitou agora uma moção para cancelar o evento devido às tensões políticas envolvendo o país africano.
Parlamento Europeu pressiona por cancelamento
Na última quinta-feira, o Parlamento Europeu solicitou que a União Europeia suspendesse o acordo de cooperação entre a Comissão Europeia e Ruanda sobre o comércio de matérias-primas.
A medida se deve ao suposto apoio de Ruanda à revolta da milícia M23 no leste da República Democrática do Congo. Dentre os vários pedidos feitos pelo Parlamento, está também a recomendação para o cancelamento do Campeonato Mundial de Ciclismo no país africano, programado para setembro deste ano.
Apoio maciço à moção em Bruxelas
A proposta recebeu amplo apoio em Bruxelas, com 443 parlamentares votando a favor da moção contra apenas quatro contrários. O consenso europeu é evidente, mas resta saber se essa pressão política resultará, de fato, na suspensão do evento esportivo.
O site italiano Tuttobiciweb relatou que essa decisão coloca a realização do Campeonato Mundial em uma situação delicada.
UCI descarta alternativa para o evento
Apesar das especulações sobre uma possível transferência da competição para a Suíça, David Lappartient foi categórico ao afirmar que não existe um “plano B”.
Em entrevista ao site Cyclingnews, o presidente da UCI deixou claro que o evento continuará em Kigali conforme planejado.
“Não há plano B”, reforçou Lappartient. “Este era meu sonho, meu objetivo, quando fui eleito presidente da UCI e tenho orgulho de dizer: aqui estamos”, complementou Lappartient ao Cyclingnews, afastando qualquer possibilidade de alteração no local da competição.
Com a pressão política aumentando e a UCI mantendo sua posição, o futuro do Campeonato Mundial de Ciclismo em Ruanda segue incerto, com a possibilidade de novos desdobramentos nas próximas semanas.
