Jonas Vingegaard evita comparações com Tadej Pogacar “ele tem seu estilo, eu tenho o meu, mas às vezes me incomoda”
Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) iniciou neste domingo, sua segunda corrida da primavera, a Paris-Nice. Após sua vitória na Volta ao Algarve, essa será sua penúltima competição preparatória antes do Tour de France, já que sua última prova antes do Grand Tour francês, será a Volta a Catalunya.
Em entrevista ao ex-ciclista e atual analista do Het Nieuwsblad, José De Cauwer, durante a Volta ao Algarve, Vingegaard falou abertamente sobre as frequentes comparações com o maior rival, Tadej Pogacar (UAE Emirates-XRG). O dinamarquês reconhece as diferenças de estilo entre os dois e comentou sobre a percepção equivocada dos fãs, em relação às estratégias de suas equipes.

“Às vezes me incomoda quando somos retratados como ‘calculistas'”
“Tadej tem seu estilo, eu tenho o meu. Mas às vezes me incomoda quando somos retratados como ‘calculistas'”, afirmou Vingegaard. Ele também destacou que os fãs acreditam em uma diferença de abordagem entre a Visma-Lease a Bike e a UAE Emirates-XRG.
“Eu entendo que parece assim no Tour de France e sempre dizemos a nós mesmos ‘temos um plano’. Mas às vezes realmente fazemos as coisas por intuição”, afirmou Vingegaard.

“Sentimos que Pogacar estava no seu limite e mudamos tudo”
Vingegaard exemplificou como a intuição influenciou suas decisões durante o Tour de France de 2023. Ele relembrou a etapa para Marie Blanc, onde a estratégia inicial previa apenas acompanhar os adversários, sem ataques planejados.
“Na etapa para Marie Blanc, foi dito com antecedência que apenas seguiríamos e certamente não atacaríamos. Mas no final sentimos que Pogacar estava no seu limite e mudamos tudo”, revelou o dinamarquês, demonstrando como a leitura da corrida pode alterar os planos previamente traçados.

A performance inesquecível no Contrarrelógio
Outro momento marcante do Tour de France de 2023 foi a vitória de Vingegaard na 16ª etapa, um contrarrelógio individual que praticamente garantiu seu bicampeonato na competição. Para ele, essa foi uma das performances mais memoráveis de sua carreira.
“Nunca tive uma sensação melhor na bicicleta”, relembrou. “Naquele dia, tudo correu perfeitamente. Cada curva na descida, cada pedalada na subida. Achei que meu medidor de potência estava quebrado”.
