A equipe Jumbo-Visma conquistou o Tour de France pela segunda vez consecutiva neste verão, liderada por Jonas Vingegaard. Esse triunfo foi resultado de meses de intensa preparação, algo que o CEO da rede de supermercados Jumbo, Ton van Veen, também estava ciente. Desde que assumiu o cargo em março, ele acompanhou de perto o sucesso da equipe de ciclismo.
Antes do decisivo contra-relógio em Combloux, Ton van Veen fez algumas observações ao jornal especializado em finanças Financieel Dagblad, abordando, entre outros assuntos, o desempenho espetacular da equipe.
“No início deste ano, eles analisaram o percurso e Pogacar em todos os detalhes com a pergunta: como podemos quebrá-lo?” Van Veen disse antes de Vingegaard atacar no crono. “E eles tiveram a ideia: se o forçarmos a pedalar logo acima de sua frequência cardíaca ideal por três semanas, esperamos que ele surte na terceira semana”. O resultado, nós acabamos conhecendo.
Para vencer no esporte de ponta, é fundamental, segundo Van Veen, minimizar o fator imponderável. “Ciclistas estão constantemente trabalhando nisso. Parece uma obsessão. Todos os detalhes têm que estar certos.” Nesse aspecto, o ciclismo é mais progressista do que o futebol, por exemplo, diz Van Veen, que também é diretor do clube holandês PSV Eindhoven (Onde curiosamente jogou Remco Evenepoel). “Se eu generalizar, digo que sim”, responde quando questionado se o futebol é mais conservador.
“Isso porque a técnica com a bola e a agilidade têm um papel maior no futebol. A coincidência também é mais difícil de eliminar. Você pode dominar uma partida e ainda perder ou empatar. Os administradores de futebol relutam em introduzir inovações como o árbitro de vídeo”.