“João Almeida merece estar na liderança”, Maximilian Schachmann aceita vitória do português na Volta ao País Basco; assista o vídeo
Maximilian Schachmann (Soudal-Quick-Step) conseguiu defender a liderança da Volta ao País Basco até a 4ª etapa, quando finalmente cedeu diante da ofensiva constante de João Almeida.
O português da UAE Team Emirates-XRG mostrou força e estratégia, em uma etapa marcada por fortes inclinações e uma chegada após a descida da difícil montanha Izua, com até 20% de inclinação.
Fuga coloca o pelotão em dificuldade “todos estavam meio mortos”
A 4ª etapa teve seu ponto decisivo durante a subida da Izua, onde trechos atingiram 20% de inclinação. Foi nesse cenário que João Almeida lançou um ataque fulminante, abrindo vantagem que nem mesmo coma a descida técnica o pelotão conseguiu neutralizar. Schachmann, apesar dos esforços, não conseguiu acompanhar o ritmo do português.
“Foi mais uma vez uma luta bastante longa pela fuga e demorou um pouco para se formar”, iniciou Schachmann, em entrevista ao Eurosport logo após a corrida. “Quando a fuga finalmente se distanciou, todos estavam meio que mortos, porque a velocidade estava um pouco alta demais” afirmou Schachmann, revelando o desgaste que a fuga causou ao pelotão.

“João (Almeida) merece estar com a camisa de líder”
Schachmann revelou que havia traçado uma estratégia para lidar com a temida subida final, apostando na possibilidade de recuperar tempo na descida. No entanto, mesmo executando bem o plano, o desempenho de Almeida foi superior.
“Então, tudo se resumiu à última subida íngreme. Eu sabia que não seria a meu favor, mas tinha um plano claro. Eu sabia que, se eu fosse no meu próprio ritmo e lá em cima houvesse uma diferença, ainda conseguiria reduzi-la (na descida)”.
“E foi o que eu fiz. Mas o João (Almeida) fez uma corrida excepcional e, bem, ele merece estar com a camisa de líder depois de hoje.”

“A gravidade não estava a meu favor”
Com o 3º lugar na etapa, atrás de João Almeida e do jovem talento Isaac del Toro, também da UAE Emirates-XRG, Schachmann perdeu não só a liderança da classificação geral, mas também viu Almeida abrir uma vantagem de 30 segundos.
“Foi o máximo ficar em 2º novamente no sprint do pelotão, mas estou feliz no geral. Como eu disse, foi uma subida muito difícil devido às suas inclinações, e a gravidade não estava a meu favor”, concluiu Schachmann com um discreto sorriso.