Tadej Pogacar analisa a vitória na Flèche Wallonne e projeta Liège “estou pronto para mais uma corrida e então é hora de parar”
Tadej Pogacar (UAE Emirates-XRG) demonstrou nesta quarta-feira, na Flèche Wallonne, uma superioridade inquestionável. O esloveno desferiu um ataque fulminante nas rampas íngremes do icônico Mur de Huy, distanciando-se de seus rivais e cruzando a linha de chegada com uma expressiva vantagem de 10 segundos, um feito notável para os padrões acirrados desta clássica.
Em entrevista coletiva após a vitória, Pogacar compartilhou suas impressões sobre a prova e projetou seu próximo desafio: a prestigiosa Liège-Bastogne-Liège, que será disputada no próximo domingo.
“Uma das finais mais difíceis que já corri”
Questionado sobre o quão exigente foi a corrida, o esloveno destacou as condições climáticas adversas e a intensidade da disputa.
“As condições estavam difíceis, esta foi uma das finais mais difíceis que já corri. Foi uma corrida agradável, apesar de termos corrido em condições muito frias.”
“É claro que é sempre bom e importante vencer. Estou especialmente feliz com esta vitória, porque a equipe realmente acelerou forte em busca da vitória.”
“Nós e a Soudal Quick-Step pedalamos forte o dia todo”
Sobre o ataque na parte mais íngreme do Mur de Huy, Pogacar revelou que não era um plano pré-estabelecido, mas sim uma resposta às circunstâncias da corrida.
“Não, definitivamente não. Nunca se sabe como uma corrida vai ser, mas as condições estavam difíceis. Nós (referindo-se à UAE Emirates XRG , ed.) e a Soudal Quick-Step pedalamos em ritmo acelerado o dia todo. Isso tornou a corrida um pouco mais difícil do que nos anos anteriores”.
“Normalmente, cinquenta ou sessenta ciclistas largam na última subida do Mur de Huy, mas agora todos já estavam sofrendo com a subida.”
Impacto para a Liège-Bastogne-Liège
Pogacar também comentou sobre se o esforço na Flèche Wallonne poderia influenciar seu desempenho na Liège-Bastogne-Liège:
“Acho que não. Isso sempre mexe com a sua mente, mas você não deve pensar nisso o tempo todo durante uma corrida”.
“Quinta-feira é dia de descanso e recuperação. Haverá também um breve reconhecimento do percurso de Liège. Aí você poderá sentir imediatamente se ainda está cansado do esforço, mas normalmente você consegue se recuperar em três dias.”
“Estou pronto para mais uma corrida e então é hora de parar”
Ao ser observado que sua forma física permanece em alto nível, Pogacar falou sobre a complexidade de montar um calendário de corridas e suas escolhas para esta temporada:
“É sempre complicado montar um calendário de corridas. Depende muito do ciclista. Comecei minha temporada muito bem no UAE Tour e depois decidi mudar meu foco para as maiores clássicas da primavera”.
“Não há muitos dias de corrida, mas você chega ao limite todos os domingos. São as corridas mais longas e difíceis de uma temporada de ciclismo.”
O esloveno ainda comentou sobre suas opções de participação em outras clássicas:
“Mas, por outro lado, não comecei nas semiclássicas, como a E3 Saxo Classic , Gent-Wevelgem ou a Dwars-door-Vlaanderen, que era a intenção original”.
“Se eu tivesse participado dessas corridas, talvez tivesse dado uma resposta completamente diferente. Ainda me sinto bem. Estou pronto para mais uma corrida e então é hora de pausar, finalizou Tadej Pogacar.”
