Remco Evenepoel concede entrevista e demonstra confiança “as clássicas com subidas são as minhas corridas favoritas”
Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), demonstrou otimismo e confiança em uma coletiva de imprensa realizada em Chaudfontaine nesta sexta-feira.
Apesar de seu modesto 9º lugar na Flèche Wallonne na última quarta-feira, o bicampeão da Liège-Bastogne-Liège minimizou o resultado, afirmando que suas pernas estavam surpreendentemente melhores do que nas clássicas anteriores, Brabantse Pijl e Amstel Gold Race.
“Não acho que esteja no meu nível mais alto ainda”
Evenepoel não escondeu seu entusiasmo para a “La Doyenne”, prova que já conquistou em duas ocasiões. “Estou feliz por estar correndo em alto nível novamente, mas não acho que esteja no meu nível mais alto ainda”, iniciou o belga. “Ainda há várias áreas em que posso melhorar.”
Um dos pontos de aprendizado da Flèche Wallonne foi a decisão de se desfazer da capa de chuva prematuramente, um erro que, segundo ele, o prejudicou.
“Não foi muito inteligente, mas estou levando principalmente as coisas boas comigo. Estou em um nível mais alto do que esperava há dois meses”.
“Fiquei surpreso depois das minhas primeiras corridas desta temporada. E sinto que ainda estou melhorando, porque na Flèche Wallonne tive as melhores pernas das três corridas que já participei.”
“A Amstel tem 260 km, corri com apenas 2 meses de treinamento”
Longe de se deter no revés no Mur de Huy, Evenepoel enfatizou a progressão de sua forma física. “Lembrei-me do lado positivo, porque também fiquei feliz com a forma como corremos como equipe”.
“A Amstel Gold Race tem 260 km, e corri com apenas dois meses de treinamento. Também é uma boa notícia para os próximos meses, porque não estou muito atrás dos demais.”
“Se eu vencer a Liège por um centímetro, está bom”
A expectativa para um confronto direto com Tadej Pogacar no domingo é alta, especialmente após a impressionante aceleração do esloveno na Flecha Wallonne.
“Todos esperavam um duelo com Tadej no Amstel, mas no final Skjelmose levou a melhor. Isso também pode acontecer em Liège, embora seja um pouco mais difícil que a Amstel.”
Questionado sobre a forma como prefere vencer, Evenepoel foi categórico: “Vencer é vencer. Não importa contra quem ou de que forma. Skjelmose terá para sempre o Amstel de 2025 em seu nome. Ele venceu por talvez 10 cm”.
“Se eu vencer a Liège por um centímetro, está bom. Daqui a 10 anos, ninguém vai falar sobre como foi, embora com Tadej possa ser um pouco diferente às vezes, hahaha.”
La Redoute: “se estiver cansado, 4 minutos podem parecer 2 horas”
Um dos pontos cruciais da Liège-Bastogne-Liège é a lendária Côte de La Redoute. “Um esforço total de 4 minutos. Se você tiver pernas boas, pode continuar pedalando. Se estiver cansado, 4 minutos podem parecer 2 horas”.
“É uma subida íngreme, assim como a Roche-aux-Faucons. O posicionamento é muito importante em La Redoute. Se você não estiver em uma boa posição, pode facilmente ficar 10 segundos atrás do primeiro.”
“As clássicas com subidas são as minhas corridas favoritas”
Apesar de Liège-Bastogne-Liège ser uma de suas corridas favoritas, Evenepoel também expressou um apreço crescente pela Amstel Gold Race.
“Devo dizer que a Amstel foi uma agradável surpresa. Gostei mais do que esperava. Diria que as clássicas com subidas, em geral, são as minhas corridas favoritas.”
“Isso me dá mais confiança, porque você consegue calcular melhor seus esforços se conhecer bem as estradas. Também haverá muita gente ao longo da estrada me apoiando. Na Brabantse Pijl havia ainda mais fãs do que antes”.
“Isso mostra que tenho grandes fãs e quero retribuir o máximo a eles sempre.” Com essa mentalidade e o apoio da torcida, Evenepoel se prepara para mais uma batalha épica nas estradas da Valônia.
