Etapa do Tour de France sofre ameaça de sindicato “não haverá camisa amarela em Dunquerque”, assista o vídeo

A realização da 3ª etapa do Tour de France 2025, marcada para o dia 7 de julho, corre o risco de ser comprometida. O motivo envolve uma crise no setor siderúrgico francês: após o anúncio de 302 demissões na ArcelorMittal, o sindicato CGT lançou um alerta contundente, ameaçando interromper o bom andamento da etapa entre Valenciennes e Dunquerque.

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Dunquerque, no litoral francês, sediou a largada do Tour de France de 2022

“Não haverá camisa amarela em Dunquerque”

Com 178 quilômetros previstos no trajeto da etapa, a possível mobilização sindical pode impactar diretamente a logística da prova. Jean-Pascal Delescaut, secretário-geral do sindicato departamental da CGT Nord, declarou ao jornal La Voix du Nord:
“Se não nos reunirmos até 7 de julho para discutir a nacionalização da indústria siderúrgica, não haverá camisa amarela em Dunquerque.”

A ameaça é clara: a visibilidade do Tour será utilizada como instrumento de pressão sobre o governo francês para abrir negociações sobre o futuro da indústria do aço no país.

Linha de chegada já está traçada em Dunquerque

“Um camarada a cada 100 metros”

Delescaut fez questão de ressaltar que a intenção não é atacar o evento esportivo em si, mas sim destacar uma emergência nacional.
“Eu respeito o Tour de France e aqueles que o amam, mas há uma emergência econômica e social aqui”, justificou.

O líder sindical também detalhou o plano de ação e explicou como uma mobilização em massa poderia tornar a realização da etapa inviável.
“A menos que os Ministros do Interior e da Justiça consigam colocar um oficial do CRS a cada 20 metros, há 178 km de rota entre Valenciennes e Dunquerque. Se colocarmos de 1.000 a 2.000 camaradas, isso significa um camarada a cada 100 metros”, alertou Delescaut.

A tensão entre as necessidades de segurança e o direito à manifestação torna o cenário ainda mais incerto. Agora, resta saber se o governo francês abrirá o diálogo com os representantes do setor siderúrgico antes do dia 7 de julho — prazo final estabelecido pelo sindicato para evitar a paralisação da etapa.

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