Tom Pidcock e Mathieu van der Poel foram beneficiados nas suas respectivas posições de largada no Campeonato Mundial de XCO. Os organizadores buscaram destacar a dupla, para intensificar a competição pela vitória e também para aumentar a sua visibilidade em relação aos Jogos Olímpicos. Nesse contexto, Peter Sagan também se viu envolvido, uma vez que ele se beneficiou de uma alteração nas regras que ocorreram de forma inesperada, e da qual ele não tinha conhecimento prévio.
“Eu me importei com a confusão na linha de largada? Honestamente, só descobri na manhã da corrida”, disse Sagan. “Não sabia o que estava acontecendo, sério. De repente vi que estava na quinta fila de largada, e quando ouvi meu nome do locutor, fui para a frente. Não fiz nada para poder largar mais na frente, de jeito nenhum.”
A regulamentação recente estabelece que os competidores que ocupam as dez primeiras posições em outras disciplinas, em termos de pontos UCI, têm permissão para largar na quinta fila durante o evento ocorrido no dia anterior. Da mesma forma, no contexto do ciclismo de estrada, as seleções posicionadas nos vinte primeiros lugares também desfrutariam dessa vantagem.
No final, Peter Sagan não se encaixava nessas duas categorias, entretanto, foi colocado na quinta fila de largada, o que o posicionou à frente de mais da metade dos participantes. Caso contrário, ele teria que iniciar uma corrida a partir do fundo do pelotão, já que não acumula pontos no Mountain Bike.
“Não teria feito diferença porque as coisas correram mal e acabei por ficar atrás”, admite. “Bem, é sempre melhor começar da frente, mas que fique claro: não foi minha decisão, não pedi e Pidcock foi definitivamente o melhor.”