Tadej Pogacar fala sobre perigoso ataque da Visma “não gostei. Mas isso é o ciclismo moderno”; assista o vídeo
Na 7ª etapa do Critérium du Dauphiné, Tadej Pogacar voltou a brilhar com mais uma vitória em chegada ao alto, ampliando sua liderança na classificação geral da competição.
Mesmo diante da pressão intensa da Visma-Lease a Bike durante todo o dia, o esloveno conseguiu abrir mais 14 segundos sobre Jonas Vingegaard, que, apesar de não ter vencido, mostrou estar se aproximando do melhor nível.
Pogacar iniciou falando sobre um detalhe pessoal. Ao ser lembrado que não poderia assistir ao final do Tour de Suisse, onde sua noiva Urska Zigart está competindo, ele reagiu com leveza. “Que pena”, sorriu o esloveno.

“A Visma atacou na descida, não gostei. Mas isso é o ciclismo moderno”
Desde a subida do Col de la Madeleine, a equipe Visma adotou uma postura agressiva, acelerando o ritmo e lançando diversos ataques. A estratégia ficou evidente no Col de la Croix de Fer.
“Eles atacaram antes do topo da Croix de Fer e queriam abrir vantagem na descida. Tornaram a primeira parte bem perigosa, não gostei. Mas isso é o ciclismo moderno”, avaliou Pogacar após a chegada.
Apesar das investidas da rival, o campeão mundial contou com a força de Pavel Sivakov. “Hoje queríamos assumir o controle nas subidas, mas a Visma tentou atrapalhar com todos os tipos de ataques. Estou muito feliz com a forma como Pavel pedalou hoje, e o resto da equipe”, elogiou.

“Tive que manter a Visma sob controle, por isso ataquei”
Na última ascensão do dia, Pogacar ficou sozinho com Sivakov e teve que reagir rapidamente para conter a pressão. “Tive que me defender para manter Visma sob controle, por isso ataquei. Mantive um bom ritmo até o topo, estou muito feliz por ter conseguido defender a camisa dessa forma.”
Florian Lipowitz completou o pódio da etapa, cruzando a linha com 1min20s de desvantagem. Já Remco Evenepoel perdeu mais de 2 min 30seg para Pogacar, ficando distante na disputa pela classificação geral.
“Tive tempo suficiente para pegar leve no último quilômetro”
Com temperaturas elevadas e uma subida final longa e desgastante, Pogacar revelou que adotou uma estratégia mais conservadora no trecho final.
“Jonas estava muito forte hoje, mas eu não queria ir muito fundo. Estava muito quente e a subida era muito longa. Felizmente, tive tempo suficiente para pegar leve no último quilômetro e me recuperar.”
O esloveno ainda comentou sobre o equilíbrio da disputa com Vingegaard. “Foi um dia muito difícil, e do início ao fim estivemos sob pressão.” Mesmo assim, ele demonstrou confiança e também respeito.
“Você sabe que eles serão mais fortes no Tour. E nós também teremos 2 novos escaladores, o que é ótimo”, finalizou Pogacar, lembrando que João Almeida e Adam Yates se unirão à equipe durante o Tour de France.