Alberto Contador afirma que ciclismo vive momento histórico e Juan Ayuso e Carlos Rodriguez devem puxar ciclismo espanhol

Alberto Contador, vencedor de sete Grand Tours (dois Giros, dois Tours e três Vueltas a España), enfatizou o potencial da Espanha para criar uma nova equipe UCI World Tour, além da já existente Movistar Team.

Contador expressou sua convicção de que a Espanha possui recursos mais do que suficientes, com empresas de grande porte, para embarcar em um novo projeto ciclístico. Ele acredita que as empresas que se envolverem terão um retorno garantido.

Em suas palavras à Europa Press, ele afirmou: “Já sabemos da rentabilidade, dos valores investidos e do retorno, do ciclismo, e penso que é um montante imbatível”.

Visibilidade melhor que o futebol

Durante a sua visita à Feira Internacional de Turismo de Madrid, Alberto Contador justificou que o ciclismo “deixa uma marca enorme”. 

“O nome da equipe é o próprio ‘patrocinador’ e a cor da camisa não é a de uma equipe de futebol como o Real Madrid ou o Barcelona, ​​mas sim a corporativa. E esse é um atrativo muito importante”, complementou.

Por isso, o próprio Alberto, junto com seu irmão Fran Contador, diretor geral da Polti Kometa, e também o ex-ciclista italiano Ivan Basso, estão em busca de um “patrocínio para poder dar esse salto rumo ao World Tour”. 

“Sabemos que não é uma coisa simples, mas penso que temos um projeto muito, muito atrativo, que vem das camadas jovens, depois há o sub-23 e a equipe profissional e esperamos esse patrocinador chegar”, desejou o espanhol.

Ayuso e Rodriguez tem que “empurrar a carroça”

Sobre o atual ciclismo nacional, sublinhou que Juan Ayuso e Carlos Rodríguez “estão crescendo”, e está mais ansioso pela “temporada” dos mais velhos, como Mikel Landa ou Enric Mas. “Carlos Rodriguez e Juan Ayuso são quem tem que ‘empurrar um pouco mais o vagão’ no que diz respeito às esperanças do ciclismo espanhol”.

Ciclismo mundial vice espetáculo

“Penso que, sinceramente, neste momento o ciclismo atravessa um dos melhores momentos da história”, já houve momentos em que o torcedor poderia “reclamar”, mas atualmente, segundo ele, vive um “espetáculo de ciclismo”. 

“Desde o Ciclocross com mega ídolos como Wout Van Aert, Mathieu Van der Poel e Tom Pidcock, até quando começa a primeira corrida do ano estamos vendo exibições. Há corredores ousados ​​e jovens que atacam de longe”.

Nos Grand Tours Alberto Contador previu “poucas surpresas”. “Acho que Pogacar e Vingegaard serão as grandes referências nos Grand Tours. Claro, com a devemos ter atenção à Remco (Evenepoel), Roglic e daqueles jovens que estão crescendo como Uijtdebroeks, Carlos Rodríguez, Juan Ayuso ou ‘convidados’ como Adam Yates e Enric Mas, que ainda têm coisas a fazer”, finalizou Alberto Contador.