Campeão Belga lamenta cancelamento da Copa do Mundo “cada ciclista investiu de 1.000 a 1.500 euros para estar aqui”
A decisão de cancelar a Copa do Mundo de Cyclocross em Cabras, na Sardenha, foi amplamente compreendida pelos envolvidos. Ventos incrivelmente fortes, combinados com chuva intensa, tornavam as condições impossíveis de realizar a prova em condições seguras.
“Eu peso 55 quilos e, com minha bicicleta e minhas rodas, seria muito difícil me manter em pé aqui. Acho que eu teria que segurar minha bicicleta muito bem”, revelou Eli Iserbyt, o campeão belga, em entrevista ao Sporza.
Iserbyt, um dos favoritos, já havia vencido uma corrida semelhante em Antuérpia, onde o terreno arenoso, presente na prova italiana, também era um elemento fundamental. Apesar da expectativa, a segurança prevaleceu como prioridade absoluta, mesmo com o esforço logístico de todos os participantes.
Cancelada la #CXWorldCup de Cabras por las condiciones climatológicas.
— Le Puncheur (@LePuncheur_) December 8, 2024
📷 Helene Clauzel pic.twitter.com/tEHq09EOy2
“O cancelamento foi para o nosso próprio bem”
Mesmo diante das adversidades, houve consenso sobre a necessidade da decisão. Iserbyt resumiu o sentimento geral: “Sim, isso custou algum dinheiro. É assim que as coisas são. Teremos que recuperar isso em outro momento. Só ficar em pé com a bicicleta seria extremamente difícil”.
“É uma pena, porque é um lugar muito bonito. Eu estava ansioso. Era um bom circuito. De qualquer forma, temos que aceitar isso. Acho que (o cancelamento) também foi para o nosso próprio bem”.
“Cada ciclista investiu de 1.000 a 1.500 euros para estar aqui”
Embora os principais atletas, geralmente patrocinadas e com boas remunerações, consigam lidar com a situação, o impacto financeiro foi significativo para muitos outros participantes. Grande parte do pelotão feminino gastou valores significativos para a competição e também perdeu dias valiosos de treinamento.
“É um pouco difícil de engolir financeiramente. Acho que cada ciclista investiu cerca de 1.000 a 1.500 euros para estar aqui. Isso será difícil de recuperar”, admitiu Iserbyt, um dos ciclistas mais respeitados no pelotão do Cyclocross profissional.