Campeão do Tour de France revela preocupação com ciclistas espanhóis “no ciclismo atual há figuras como Tadej Pogacar que são verdadeiras estrelas”
Pedro Delgado, vencedor do Tour de France em 1988 e da Vuelta a España em 1985 e 1989, expressou preocupação sobre o futuro do ciclismo espanhol nas grandes competições da próxima temporada.
Segundo “Perico” Delgado, “no ciclismo moderno, em que tudo se controla, há figuras como Tadej Pogacar, Remco Evenepoel, Jonas Vingegaard, Mathieu van der Poel e Wout van Aert que são verdadeiras estrelas”, torna-se cada vez mais difícil para os ciclistas espanhóis conquistar vitórias.
Declarações durante curioso evento em Segóvia
As declarações do ciclista segoviano realizaram a final de sua participação na tradicional Corrida da Turquia de bicicletas sem corrente, realizada na manhã de Natal em Segóvia, um evento no qual Delgado compete desde os 15 anos.
Confira o curioso evento
Delgado destacou a evolução do ciclismo moderno e a abordagem ousada da nova geração de corredores
“Estes ciclistas são verdadeiras estrelas, porque no ciclismo moderno, em que tudo é controlado e era sempre necessário atacar a última subida, chegou esta geração de corredores que atacam a 100, 80, 60 km de distância e não esperam pela última oportunidade para fazer a diferença.”
O retorno do ciclismo épico
O campeão ressaltou que a nova geração trouxe de volta o espírito épico ao esporte. “Aqueles de nós que somos fãs do ciclismo estamos com sorte, porque redescobrimos o ciclismo épico, da época de Eddy Merckx ou Luis Ocaña, em que tudo era mais individual”, afirmou.
“Agradecemos por ter essa mentalidade competitiva porque torna as corridas muito mais divertidas”, completou Delgado.
“Esperava um pouco mais de Juan Ayuso e Carlos Rodriguez”
Delgado também comentou sobre a edição da Vuelta a España, destacando seu perfil desafiador: “O perfil da Vuelta a España em 2025 é o clássico desta competição, com muitas chegadas ao alto e etapas muito nervosas.”
Ele ainda falou sobre a saída da prova de solo italiano como um reflexo da popularidade internacional da competição: “Isso demonstra o grande interesse que a Vuelta a España gera fora das nossas fronteiras.”
Sobre os jovens talentos do ciclismo espanhol, Delgado avaliou os desempenhos de Juan Ayuso e Carlos Rodríguez, dois dos nomes mais promissores do país. “Esperava um pouco mais deles este ano”, concluiu o especialista.