Capitão da INEOS Grenadiers revela causa de fracasso no Giro d’Italia “ganhei quatro ou cinco quilos durante o Giro”
No Giro d’Italia 2024, Thymen Arensman (Ineos Grenadiers), terminou em sexto lugar. Resultado que se repetiu pela terceira vez, em sua carreira. O ciclista holandês, que ficou em sexto na Vuelta a España de 2022, repetiu o feito no Giro em 2023 e 2024.
Em entrevista ao site holandês In De Leiderstrui, após o término do Giro d’Italia deste ano, Arensman que dividiu a liderança da equipe com Geraint Thomas na competição, destacou dois fatores que o impediram de alcançar uma posição melhor na classificação geral: um início preocupante no primeiro fim de semana e um inesperado ganho de peso na última semana da corrida.
“Ganhei quatro ou cinco quilos durante o Giro d’Italia”
“Terminar em sexto lugar três vezes… Você quer algo melhor do que isso, mas isso me deixa muito motivado para o próximo Grand Tour, onde vou competir pela classificação geral”, disse ele.
“Aquele fim de semana de estreia, ainda está na minha cabeça, mas também fiquei para trás na 20ª etapa. Isso teve um motivo muito simples: ganhei quatro ou cinco quilos durante o Giro”.
Embora o conceito de um ciclista ganhar peso durante um Grand Tour possa parecer estranho, é na verdade bastante comum. Para se manterem durante as três semanas de competição, os ciclistas profissionais precisam consumir milhares de calorias e evitar a desidratação bebendo grandes quantidades de água.
Retenção de líquidos seria a causa do ganho de peso
No caso de Arensman, ele sentiu os efeitos do ganho de peso na última etapa de montanha no sábado, onde não conseguiu acompanhar ciclistas como seu colega de equipe Geraint Thomas, que tentavam alcançar o líder e vencedor do Giro deste ano, Tadej Pogacar (UAE Team Emirates).
Quando perguntado sobre como ganhou de quatro a cinco quilos durante a corrida, Arensman atribuiu isso à ingestão e retenção de líquidos.
“Provavelmente foram líquidos acumulados. Bati todos os recordes de potência no sábado, mas se você pesa bem mais de 70 quilos, simplesmente não consegue acompanhar, não importa quanta potência você coloque nos pedais”, explicou ele.
“Minhas dobras cutâneas estavam muito baixas, indicando que retenho quatro ou cinco litros de líquido. Isso será útil no futuro para descobrir exatamente o que aconteceu.”
Condições climáticas podem indicar melhora de performance
O holandês, cujo peso habitual de corrida é cerca de 68kg, disse que o Giro lhe ensinou em que condições climáticas ele se sai melhor.
“Aparentemente, eu retenho muito líquido, o que também pode ter a ver com minha menor tolerância ao calor. Desempenho-me melhor no frio, mas nas duas primeiras semanas do Giro fez mais calor do que o esperado. Essas são boas lições para o futuro.
“Se eu conseguir acertar esses primeiros dias e controlar meu peso, considerando quantos minutos fiquei fora do pódio agora, então o pódio é cem por cento possível”, finalizou Arensman demonstrando confiança no futuro.
