Nos dias que antecederam o início do Tour de France, Mauro Gianetti, diretor esportivo dos Emirados Árabes Unidos, declarou que Adam Yates iria co-liderar a equipe junto com Tadej Pogacar. No entanto, as incertezas em relação à forma física do esloveno foram esclarecidas, e apesar do bom desempenho de Yates, José de Cauwer tem certeza de que ele continua sendo uma peça no plano para uma possível vitória de Pogacar.
“Para mim, a etapa trouxe mais do que o esperado. Inclusive Julian Alaphilippe, que deve ser deixado para trás. São os verdadeiros favoritos à classificação geral que se destacaram, junto com um homem: Wout van Aert. Poucos previram isso”, disse José de Cauwer na análise da etapa para o Sporza. Ele não acredita que Adam Yates seja realmente um co-líder, apesar de sua vitória em Bilbao: “Não. Ele mesmo negou isso após a chegada. A UAE Team Emirates foi construída para Tadej Pogacar e tudo gira em torno dele. Yates é um líder reserva? Isso acontece com Pogacar. Eles nunca vão poupá-lo. Ele precisa trabalhar, trabalhar e trabalhar. Agora, Adam Yates definitivamente vai aproveitar ao máximo essa vitória e a camisa amarela. Ele será um dos melhores gregários para Pogacar.”
Yates obteve uma vantagem de 22 segundos (12 na estrada e 10 nas bonificações) sobre Jonas Vingegaard na primeira etapa, ao realizar um ataque oportuno na subida da Côte de Pike. A UAE Team Emirates tem aproveitado bem a capacidade da equipe e começaram a corrida com o pé direito, vestindo a camisa amarela e colocando pressão sobre a equipe Jumbo-Visma. Jonas Vingegaard não estava muito preocupado, comentando que os quatro segundos conquistados por Pogacar no sprint final das bonificações não terão um grande impacto na corrida, e ele não parece muito incomodado com o tempo perdido para o ciclista britânico.