Criterium du Dauphiné 2024 começa no domingo com grande start list, confira as informações da prova

Após o término do Giro d’Italia, o pelotão internacional volta suas atenções para a França, com o Tour de France (29 de junho a 21 de julho) sendo o ponto alto da temporada.

Antes disso, muitos dos ciclistas que participarão do Tour estarão competindo no Critérium du Dauphiné, que celebra sua 76ª edição.

Primoz Roglic, Remco Evenepoel, Sepp Kuss e Juan Ayuso estão entre os grandes nomes confirmados para a prova (em breve o start list oficial).

O Dauphiné ocorrerá de 2 a 9 de junho e é composto por oito etapas, caracterizadas por um percurso com grande presença de montanhas. A largada será na cidade francesa de Saint-Pourçain-sur-Sioule.

Confira todas as etapas da competição

1ª Etapa: Saint-Pourçain-sur-Sioule – Saint-Pourçain-sur-Sioule -172,5 km
A corrida começa e termina em Saint-Pourçain-sur-Sioule. Com 1900 metros de altimetria, sendo a maior parte no primeiro terço da etapa. Não é uma etapa muito difícil, mas os primeiros 50 quilômetros apresentam algumas pequenas subidas nas quais uma fuga pode acontecer.

No entanto, durante o resto do dia não existem momentos demasiado difíceis. A etapa, por outro lado, é quase totalmente plana e uma veloz etapa é esperada após 172 quilômetros.

2ª Etapa: Gannat – Col de la Loge, 142 km

A segunda etapa da prova é curta e tem um perfil interessante. As subidas de terceira e segunda categoria estarão presentes na primeira metade da etapa, mas depois será uma corrida fácil até a subida final ao Col de la Loge. A chegada ao cume é a 1255 metros de altitude.

São, no total, 25 km, mas é uma subida de vários trechos. Os mais difíceis são os primeiros 7,4 quilômetros, com média de 5,7%. Depois são 6 quilômetros que são praticamente planos e servirão de descanso. No final vem um trecho de 3,5 km com 5,6% que termina com 7,5 quilômetros pela frente.

Até faltarem 2,5 quilômetros, onde os ciclistas devem encarar uma estrada em ligeira ascensão, com 4% de inclinação.

3ª Etapa: Celles-sur-Durolle – Les Estables-181,7 km

Mais um dia sem subidas muito difíceis, mas com chegada ao alto, no final da etapa. O pelotão enfrenta uma subida de 3,3 quilômetros a 8%, o que é difícil, mas termina somente após 93 km.

Todo o foco estará na subida a Les Estables. A subida final, tem cerca de 7 quilômetros de extensão, mas os 3 primeiros são uma espécie de aquecimento. Oficialmente, são 3,8 quilômetros com 5,2%.

4ª Etapa (ITT): Saint-Germain-Laval – Neulise, 34,4 quilômetros

A quarta etapa da corrida é um Contrarrelógio individual. Com 34,4 km, é um dia importante para a classificação geral e que ditará diferenças antes dos ciclistas chegarem às montanhas.

Em Neulise os ciclistas encontrarão algumas inclinações na estrada. Os primeiros 15 km são bastante simples e planos, mas a segunda metade não. Os ciclistas terão duas colinas, com média de 3%, por vários quilômetros em estradas bastante técnicas.

Também no final do Contrarrelógio há uma rampa de 500 metros a 5%, pouco antes da linha de chegada, onde mais algumas diferenças podem ser feitas.

5ª Etapa: Amplepuis – Saint-Priest, 167 km

A última oportunidade para os sprinters. A largada é praticamente plana, mas os 199 quilômetros passam por alguns obstáculos. Isto vem na forma de algumas subidas falsas planas na primeira metade da etapa, mas principalmente na Côte de Duerne, que tem 5 quilômetros de extensão e 7%.

A Côte di Givors surge com 3,8 km com 4,6% de inclinação média e termina com 56 km para a chegada. Seguem-se estradas sinuosas, mas os 35 km finais são mais fáceis de controlar.

Os 20 quilômetros finais podem finalmente ser considerados planos. Em Saint-Priest, porém, há um final técnico. Os 1.800 metros finais são completamente planos.

6ª Etapa: Hauterives – Le Collet d’Allevard – 174 km

O Dauphiné chega às altas montanhas! O pelotão chega agora aos Alpes e a 6ª etapa pode decidir a classificação geral. A maior parte do dia é realmente plana. O único verdadeiro obstáculo antes da subida final é o Col du Granier, que tem 8,9 quilômetros e 5,4%.

No papel, há uma pequena subida logo antes do início oficial, mas de qualquer forma a subida não deve ser atacada. Termina faltando 44 km com uma descida bastante técnica. O final da descida deixa os ciclistas com 34 quilômetros pela frente, e o pelotão irá então chegar à base da subida final.

Le Collet d’Allevard é uma subida semelhante ao Alpe d’Huez, só que menos popular. Distância e gradiente semelhantes: São 11,1 quilômetros a 8,1% e com muitos (12) ziguezagues. Esta é uma dura subida, muito constante do início ao fim e certamente onde podem ser criadas grandes diferenças.

7ª Etapa: Albertville – Samoëns 1600 -155,5 km

A Etapa Rainha. Uma etapa digna de Grand Tour. Este é um dia que sobe e desce o dia todo, com cinco subidas categorizadas e uma chegada brutal ao alto. Apenas 146 quilômetros, mas 4.600 metros de subida.

A etapa tem um início falso plano mas não demorará muito até à primeira subida do dia: Col des Saisies. É uma subida longa, mas os 9,4 quilômetros finais têm uma média de 6,6% e deve ser o local provável para a formação de uma fuga.

Quase no final os ciclistas enfrentam a subida de menor altitude do dia, mas de forma alguma fácil. A Côte d’Araches tem 6,1 quilômetros de extensão e 7,1% de inclinação média. Logo após surge a dura ascensão do Col de La Ramaz (13,9km com novamente 7,1%). Uma subida muito difícil, antes da escalada final e mais difícil do dia, o Samoëns 1600.

Dez quilômetros a 9,3%. É outra subida constante e bastante brutal. Não há aquecimento, as inclinações vão até 10% logo na base e permanecem assim praticamente durante toda a subida.

8ª Etapa: Thônes – Plateau des Glières, 160 km

O Criterium du Dauphiné chegará ao fim, após oito dias de corrida numa etapa com muita subida, como tem acontecido nos últimos dias. Pode não ter um perfil tão brutal como a 7ª etapa, mas ainda traz sérios desafios e a classificação geral não será decidida até a linha de chegada no Plateau des Glières.

Logo após o início da etapa os ciclistas subirão o Col de la Forclaz de Montmin (7,1km a 7,3%). No papel não parece uma subida excessivamente difícil, mas o gradiente médio esconde a dificuldade. No final serão 3 quilômetros a 10% e logo no início da etapa, pode causar estragos ao pelotão.

Le Salève é a subida que leva ao final da etapa. Chega ao cume faltando 50 km para a chegada e não se pode subestimá-la, com 12,1 quilômetros de extensão e 6,8%.

Porém tendo em conta a dificuldade da subida final, os grandes favoritos deverão guardar os seus jogos para esta. A prova termina no topo do Plateau des Glières, uma subida que começou a ser utilizada nos últimos anos nas principais corridas francesas e que está rapidamente a ganhar grande reputação.

Com 9,4 quilômetros a 7,1% coincidindo com a linha de chegada. Mas esta subida possui na realidade, 6 km a 11% constantes. A seção difícil da subida termina com pouco mais de 2 km para a chegada, onde os ciclistas seguem uma estrada reta até a bela área final.