Como já é característico nas competições protagonizadas por Primoz Roglic, o drama se estendeu até as últimas pedaladas no Criterium du Dauphine de 2024. No final, o esloveno conseguiu manter a liderança por uma margem estreita, mas o equilíbrio na disputa foi evidente até os últimos momentos.
Rolf Aldag, diretor desportivo da BORA-hansgrohe, comentou no site da equipe, sobre a tensão nos quilômetros finais da corrida. “Os últimos 5 quilômetros foram, claro, muito interessantes”, relembra Aldag, que acompanhou a ação do carro da equipe.
Informações limitadas e dedos cruzados
“No carro atrás do pelotão, muitas vezes nossa informação se limita aos anúncios da Rádio Tour. Ainda assim, podemos passar detalhes aos ciclistas, tentar motivá-los e incentivá-los”, explica Aldag
Primoz Roglic geriu bem seus esforços e segurou a Maillot Jaune, terminando a corrida apenas 8 segundos à frente de Matteo Jorgenson.
“Neste caso, não foi necessário dar muitas informações sobre o percurso a Primoz. Sabíamos que os últimos 2,5 quilômetros seriam mais fáceis: uma descida curta, tomando impulso”, explica Aldag.
“Então cruzamos os dedos para que Carlos Rodriguez (INEOS) vencesse o sprint contra Matteo Jorgenson (Visma-Lease a Bike) e conquistasse uma diferença de bônus de 4 segundos a nosso favor. E se você contar calmamente até oito, 8 segundos pode ser muito tempo.”
Vitória confirma caminho para o Tour de France
Após garantir a vitória no Dauphine, Roglic agora foca no próximo Tour de France. “Você não ganha o Dauphiné todos os dias. Nesse aspecto, uma vitória é sempre boa para a motivação e o moral da equipe,” avalia Aldag.
“Para nós, no entanto, o fato de este grande sucesso confirmar nosso caminho em direção ao Tour de France é quase mais importante. É crucial não termos que questionar tudo pouco antes do Tour. Agora sabemos exatamente onde estamos.”
Aldag também destacou a importância de manter a equipe saudável e focada nos detalhes. “Em termos de pilares, estamos lá e não precisamos nos preocupar muito. Manter-se saudável é essencial. Permanecer na bicicleta é fundamental”.
“Ainda estamos focando nos detalhes. Melhorar os detalhes é sempre possível e nunca deve ser considerado levianamente. A primeira coisa depois do Dauphiné é a recuperação,” pondera Aldag.