Diretor da Visma analisa o duelo Tadej Pogacar/Jonas Vingegaard “Se esses dois se enfrentarem, ninguém consegue acompanhar”
A 4ª etapa do Tour de France 2025 foi marcada por um batalha entre as grandes estrelas da competição até os metros finais. A Visma-Lease a Bike dificultou ao máximo o trabalho do pelotão no trecho final rumo a Rouen.
Apesar do esforço da equipe, a vitória ficou com Tadej Pogacar, que após um grande trabalho de João Almeida, venceu a difícil jornada, conquistando sua 100ª vitória como ciclista profissional. Após a chegada, o diretor esportivo da Visma, Grischa Niermann, falou à imprensa sobre a performance da equipe e a atuação do esloveno da UAE Team Emirates.

“Sabíamos que se Tadej atacasse, seria difícil para Jonas”
Victor Campenaerts foi peça-chave na fase decisiva, ditando o ritmo do grupo antes de Tiesj Benoot e os demais reduzirem a pressão de forma calculada.
“Esta foi uma etapa em que sabíamos que se Tadej atacasse no trecho mais íngreme, seria difícil para Jonas. Ele reagiu muito bem, após uma ótima apresentação da equipe”, comentou Niermann.
“Executamos nosso plano muito bem e, mais uma vez, vimos um Tadej Pogacar muito forte. Foi fantástico que Jonas tenha conseguido acompanhá-lo na subida”.

“Se esses dois se enfrentarem, ninguém consegue acompanhar”
“Foi uma disputa acirrada para Jonas, mas também para Tadej. Ele também teve que diminuir o ritmo”, analisou o alemão, que observou um equilíbrio crescente entre os dois favoritos. “Se esses dois se enfrentarem, ninguém mais consegue acompanhar”, complementou Niermann.
“Estávamos na disputa pela vitória da etapa, mas acabamos em 3º lugar. Os caras fizeram um ótimo trabalho e executaram o plano de forma soberba, mas a UAE também foi muito forte. Adoraríamos ter vencido, mas eles pensaram diferente. Parabéns pela forma como eles correram, uma vitória merecida”, elogiou o alemão.

“Tadej é o melhor do mundo nesse aspecto”
O diretor esportivo ressaltou que, embora Pogacar tenha levado a melhor, o desempenho de Vingegaard foi animador, principalmente nas subidas mais duras.
“Também tivemos Tours em que Jonas teve poucos bônus, e sabemos disso. Isso não é novidade, porque Tadej é o melhor do mundo nesse aspecto”, admitiu Niermann, apontando que os bônus de tempo não são prioridade imediata.

“Foi ótimo que Matteo tenha conseguido atacar”
Outro ponto positivo para a Visma foi o desempenho de Matteo Jorgenson, que segue em boa colocação na classificação geral.
“Foi ótimo que Matteo tenha conseguido atacar, e gostaríamos que Wout van Aert também estivesse lá, mas ele ficou para trás com o grupo de Grégoire”, explicou o diretor.
Sobre Van Aert, que ainda busca sua melhor forma após um início de temporada difícil, Niermann foi direto: “Wout foi bem, mas ficou aquém. Vocês verão o que ele faz no contrarrelógio. Se ele pedalar rápido ou não nesse contrarrelógio não vai fazer diferença.”