Equipes do World Tour selecionam ciclistas através de KOMs do Strava, confira o recorde de Jonas Vingegaard que o levou à Jumbo-Visma

O ciclismo profissional está passando por transformações, e uma das mais curiosas é a ascensão do Strava como uma plataforma para identificar novos talentos. O que antes parecia uma ideia inusitada agora é uma estratégia válida: bater recordes em segmentos pode ser o primeiro passo para um contrato com uma WorldTeam.

Jack Burke e a busca pelo profissionalismo

O canadense Jack Burke, sensação no Strava, está em busca de concretizar sua entrada no pelotão profissional no próximo ano. O Canadense bateu em sequência os recordes de 3 icônicas ascensões, o Mortirolo, o Passo dello Stelvio e mais recentemente o Alpe d’Huez.

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Jack Burke segue em busca do sonho de se tornar um ciclista do World Tour

Essa trajetória, que pode parecer inusitada, tem se mostrado um caminho viável, considerando casos de sucesso recentes. Cada vez mais, equipes de alto nível estão de olho nos recordes da plataforma para identificar ciclistas promissores.

Jonas Vingegaard no Coll de Rates

Um exemplo claro dessa tendência é o trabalho da equipe continental dinamarquesa Team ColoQuick com o famoso segmento Coll de Rates, na Espanha. A ascensão com 6,52km de distância e 5,2% de inclinação média, te sido uma referência para a seleção de novos ciclistas.

Em 2018, Jonas Vingegaard chamou a atenção da Jumbo-Visma ao conquistar um KOM nessa subida com o tempo de 13min 02seg, o que abriu as portas para seu contrato profissional em 2019.

Peter Øxenberg é o mais recente caso de sucesso do KOM do Strava

Em 2025, será a vez do dinamarquês Peter Øxenberg, de apenas 19 anos, seguir um caminho semelhante. Após superar o KOM do espanhol Juan Ayuso, no Coll de Rates, por 11 segundos, Øxenberg garantiu um contrato de três anos com a INEOS Grenadiers. No anúncio oficial, a equipe britânica destacou o feito no Coll de Rates como um fator determinante.

Por que o Coll de Rates é tão Relevante?

O Coll de Rates é uma das subidas mais populares entre ciclistas profissionais e amadores. Por isso, conquistar um KOM nesse segmento não é apenas um símbolo de habilidade, mas também um indicador de potencial em competições de alto nível.

Aqueles que demonstram capacidade de desempenho em subidas como esta automaticamente podem entrar no radar das WorldTeams, sendo monitorados ao longo do ano.

Com a tecnologia e plataformas como o Strava desempenhando um papel crescente na detecção de talentos, conquistar um KOM pode significar muito mais do que uma simples medalha virtual. Para muitos ciclistas, pode ser a porta de entrada para a elite do ciclismo mundial.

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