Equipes propõem mudanças no Giro d’Italia, Tour de France e Vuelta a España, ProTeams pressionam UCI e organizadores
Nos bastidores, algumas ProTeams da UCI estão buscando mudanças significativas nas regras dos 3 Grand Tours do ciclismo profissional.
Essas equipes defendem que, em vez de 22, um total de 23 equipes serão admitidas no Giro d’Italia, Tour de France e Vuelta a España. A proposta ganhou destaque em matéria publicada pelo jornal espanhol Marca.
Como funciona a inclusão de equipes nos Grand Tours
Atualmente, os três Grand Tours contam com a participação padrão das 18 WorldTeams, além das duas melhores ProTeams do ano anterior, que em 2024, foram a Lotto e a Israel-Premier Tech, recebem convites automáticos (Lotto desistiu de participar no Giro d’Italia 2024).
Além disso, os organizadores das provas nas três grandes voltas, têm a possibilidade de conceder dois “Wild Cards” para outras equipes de sua escolha.
“Muitos ProTeams sem espaço no pelotão dos Grand Tours”
Caso a sugestão de presumir que 23 equipes sejam rompidas, muitos organizadores evitariam decisões difíceis sobre quais equipes convidar.
“Com equipes como a Tudor (com Marc Hirschi e Julian Alaphilippe), Q36.5 (Tom Pidcock) e Uno-X (Alexander Kristoff), há ProTeams com grandes estrelas que acabam não oferecendo espaço para outras equipes”, apontam especialistas do setor.
Além disso, Grand Tours frequentemente priorizam a inclusão de equipes locais, como a TotalEnergies no Tour de France, Polti Kometa e Bardiani no Giro d’Italia, ou ainda Euskaltel-Euskadi e Equipo Kern Pharma na Vuelta a España. Assim, outros ProTeams não conseguem participar dos Grand Tours.
Aumento do tamanho do pelotão
A ampliação para 23 equipes traria custos extras para as organizações dos Grand Tours e também aumentaria o tamanho do pelotão. Hoje, o limite é de 176 ciclistas no início das competições. Com a mudança, esse número passaria para 184.
Apesar de no passado os Grand Tours terem recebido até 198 ciclistas, a UCI optou, em 2018, por reduzir as equipes de 9 para 8 ciclistas, que acabou estabelecendo o número atual de ciclistas.
A proposta das ProTeams agora depende de discussão entre os organizadores e a UCI para avaliar se a expansão é viável tanto do ponto de vista logístico quanto financeiro.