Michael Rogers, o antigo ciclista australiano que ocupava o cargo de gerente de inovação na União Ciclística Internacional (UCI), confirmou sua saída da organização. A notícia foi divulgada ao Het Nieuwsblad e ocorre em meio a uma intensa discussão em torno da chamada ‘meia de capacete’, uma inovação tecnológica que foi recentemente proibida pela UCI.
Rogers ingressou na UCI no final de 2020 e desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento tecnológico no ciclismo. Como gerente de inovação, ele esteve envolvido em projetos que incluíam a coleta e análise de dados dos ciclistas durante as competições, a introdução de novas tecnologias para as provas de ciclismo e o desenvolvimento do ciclismo virtual.
A Polêmica da “Meia do Capacete Specialized”
A controvérsia em torno da “meia do capacete” alcançou seu auge no final de março, pouco antes da saída de Rogers. No dia 5 de março, a UCI anunciou a proibição desta inovação a partir de 1º de abril. No entanto, a equipe BORA-hansgrohe decidiu utilizar o equipamento no Contrarrelógio da Volta ao País Basco, alegando que a proibição só entraria em vigor no dia 2 de abril, conforme indicado no site da UCI.
Esta confusão na comunicação causou insatisfação entre os ciclistas, incluindo Remco Evenepoel, líder da equipe Soudal Quick-Step. Ele e seus companheiros optaram por não utilizar o equipamento na competição, presumindo que ela já estaria proibida a partir de 1º de abril.
A Saída de Michael Rogers
Pouco depois desta controvérsia, Michael Rogers anunciou sua saída da UCI. Ele deixou o cargo após pouco mais de três anos de trabalho na organização, em um momento em que a inovação e a tecnologia no ciclismo estão em constante evolução.
Embora não tenha sido explicitamente declarado, é possível que a polêmica em torno da “meia do capacete” e as complexidades associadas à gestão da inovação tecnológica no esporte tenham desempenhado um papel na decisão de Rogers de deixar a UCI.