Hoje, ocorrerá uma etapa crucial do Giro d’Italia com um contra-relógio especial de escalada até Monte Lussari. Serão percorridos 7,3 quilômetros de subida com uma média de inclinação de 12,1%, chegando a atingir incríveis 22% em alguns trechos finais. Patrick Lefevere, o gerente de equipe da Soudal Quick-Step, não esconde sua falta de entusiasmo em relação a esse contra-relógio de escalada específico, para dizer o mínimo.
Lefevere expressa suas opiniões sem reservas em sua coluna regular para o Het Nieuwsblad. Ele não economiza palavras ao descrever o contra-relógio do Giro de hoje, chegando a chamá-lo de circo. Ele afirma que está completamente contra o percurso atual, e não entende o fascínio pelas inclinações extremas. Na opinião dele, este Giro prova que quanto mais íngreme a montanha, menos desafiadora ela se torna.
O chefe de equipe também critica o sindicato dos ciclistas da CPA e os próprios ciclistas. Ele menciona o caso da etapa do Giro para Crans Montana, em que o pelotão conseguiu encurtar a prova, mas questiona por que permitiram o contra-relógio de hoje. Lefevere menciona o caso de Ilan Van Wilder, que está usando uma marcha 36×34, mais adequada para mountain bike do que para corrida de estrada. Ele acredita que os limites das diferentes disciplinas devem ser mais rigorosamente monitorados.
De acordo com Lefevere, o contra-relógio de escalada até o Monte Lussari não atende aos padrões esperados. Ele critica a presença de um mecânico de motocicleta com uma bicicleta no ombro nos últimos dez quilômetros da prova. Para Lefevere, isso é um exemplo de falta de profissionalismo que não deveria ser propagado no esporte do ciclismo. Ele expressa sua opinião de forma bastante contundente, chamando-o de uma farsa.