Giro d’Italia 2025: confira todas as etapas do Grand Tour italiano que começa na próxima sexta-feira
A 108ª edição do Giro d’Italia terá início na sexta-feira, 9 de maio, com a Grande Partenza na Albânia, marcando a primeira vez que o país dos Bálcãs recebe a largada do Grand Tour italiano.
O trajeto deste ano mantém a estrutura tradicional: início mais leve, segunda semana de transição e uma terceira semana extremamente dura nas montanhas. No entanto, mesmo nos primeiros dias, os ciclistas encontrarão obstáculos que podem influenciar na classificação geral desde o começo.

“Quebramos o clichê de abertura para os sprinters”
O Giro não começa com uma etapa típica para velocistas. A organização da competição deixou claro que a escolha das primeiras etapas foi intencional. “Quebramos o clichê da etapa de abertura para os sprinters”, afirmou Mauro Vegni, diretor da competição.
Confira todas as etapas do Giro d’Italia 2025
Etapa 1, sexta-feira, 9 de maio de 2025: Durrës – Tirana (160 km)
A etapa inaugural, com largada na antiga cidade portuária de Durrës, reserva um final desafiador em Tirana. Nos últimos 80 km, o pelotão enfrentará três subidas categorizadas: Gracen (13,5 km a 5,2%) e duas passagens por Surrel (4,9 km a 5,4%), sendo o primeiro quilômetro desta última com uma inclinação de 8,1%.
Um circuito local de 22,2 km ao redor da capital albanesa antecederá um final de 11,3 km após a última ascensão de Surrel, oferecendo chances tanto para atacantes quanto para sprinters mais resistentes.

Etapa 2, sábado, 10 de maio: Tirana – Tirana (13,7 km, ITT)
O segundo dia de competição será contrarrelógio individual nas ruas da capital Tirana. Apesar de ser predominantemente plano, o percurso de 13,7 km é técnico, com diversas curvas que podem influir nos resultados.
Na metade do trajeto, uma subida de 1,2 km a 5,7% no Parque da Cidade adicionará um elemento de dificuldade. A chegada, no centro de Tirana, após uma curva em U nos últimos 2 km, poderá gerar diferenças significativas na classificação geral.

Etapa 3, domingo, 11 de maio: Vlöre – Vlöre (160 km)
A despedida da Albânia será com uma etapa de 160 km ao redor de Vlorë, acumulando 2.800 metros de altimetria. Após um início relativamente tranquilo, o percurso se tornará mais exigente com a ascensão do Passo Shakkeliës (5,5 km a 4%) e, principalmente, do Passo Llogara (10,7 km a 7,4%), uma subida importante que certamente selecionará o pelotão e dificultará a vida dos velocistas.

Transição para a Itália e as Primeiras Montanhas
Após o dia de descanso para a viagem da Albânia para a Itália, o pelotão enfrentará uma série de etapas de transição no “calcanhar da bota”, antes de encarar as primeiras chegadas em alto.
Etapa 4, terça-feira, 13 de maio: Alberobello – Lecce (187,0 km)
A primeira etapa em solo italiano será um percurso plano de 187 km, ideal para o primeiro sprint em massa da competição. A única subida categorizada, de quarta categoria, não deve impedir as equipes de velocistas de controlarem a corrida rumo à chegada em Lecce.

Etapa 5, quarta-feira, 14 de maio: Ceglie Messapica – Matera (151,0 km)
A quinta etapa, com 151 km, apresentará uma aproximação plana, mas um final acidentado em Matera. A subida para Montescaglioso (2,8 km a 8,6%) e um trecho até Tramontano serão pontos chave antes da rampa final de 700 metros a 7,9%, com o topo a apenas 1,7 km da linha de chegada.

Etapa 6, quinta-feira, 15 de maio: Potenza – Nápoles (227,0 km)
Com 207km, a sexta etapa terá um início desafiador com duas subidas categorizadas, o que pode favorecer a formação de uma fuga. Nos primeiros 150 quilômetros, há alguns metros de altitude a serem superados. No entanto, os últimos 82 quilômetros são predominantemente planos, oferecendo uma nova oportunidade para os velocistas em Nápoles.

Etapa 7, sexta-feira, 16 de maio: Castel di Sangro – Tagliacozzo (168,0 km)
A primeira chegada em alto acontecerá na 7ª etapa e uma grande batalha nas montanhas deve acontecer.
A etapa tem 168 km de extensão e começa em Castel di Sangro, depois do qual é preciso vencer o Roccaraso (6,6 km a 6,4%). Depois segue o desafiador Monte Urano (4,5 km a 9,4%) e o longo Vado della Forcella (21,6 km a 3,6%).
Após superar as três subidas, incluindo o desafiador Monte Urano (4,5 km a 9,4%), a subida final para Tagliacozzo (12,6 km a 5,4%) promete emoção, com seus três quilômetros finais apresentando rampas de dois dígitos de inclinação.

Etapa 8, sábado, 17 de maio: Giulianova – Castelraimondo (197,0 km)
A oitava etapa, com 197 km pelos Apeninos e quase 3.800 metros de altimetria, apresenta um perfil montanhoso com diversas subidas categorizadas. Depois de 60 km de etapa os ciclistas chegam ao topo da primeira subida, a Croce di Casale (8,6 km a 4,6%). Seguem-se o Valico di Santa Maria Madalena (13,2 km a 7,2%) e o
Montelago (5,5 km a 7%).
Apesar do final em Castelraimondo não ser em chegada ao alto, o terreno acidentado e duas subidas não categorizadas nos quilômetros finais podem surpreender.

Etapa 9, domingo, 18 de maio: Gubbio – Siena (181,0 km)
O segundo fim de semana do Giro reserva uma etapa espetacular com trechos da “Strade Bianche”, na Toscana, culminando na icônica chegada em Siena, na Piazza del Campo. Serão múltiplos setores de cascalho ao longo dos últimos 70 km, transformando a etapa em uma verdadeira batalha para os candidatos à classificação geral.

A Segunda Semana: Transição e Contrarrelógio
A segunda semana do Giro trará novamente etapas de transição e dois momentos cruciais para a luta pela camisa rosa: um contrarrelógio individual e uma chegada em alto.
Etapa 10, terça-feira, 20 de maio: Lucca – Pisa (28,6 km, ITT)
Após o segundo dia de descanso, os especialistas em contrarrelógio terão uma nova chance de brilhar no percurso de 28,6 km entre Lucca e Pisa. O percurso, majoritariamente plano e rápido, terá um breve trecho de subida na metade, antes de seguir para a chegada em Pisa, passando pelo famoso aqueduto.

Etapa 11, quarta-feira, 21 de maio: Viareggio – Castelnovo ne Monti (185,0 km)
A primeira etapa após o dia de descanso será um percurso de 185 km, com um terreno que se torna progressivamente mais acidentado, totalizando 3.800 metros de altimetria. Após quase 2h de corrida, o Alpe San Pellegrino (14,2 km a 8,7%) surge pela quarta vez na história e pela primeira vez em 25 anos. É uma subida de 1ª categoria com desníveis de até 20%.
Após uma longa e sinuosa descida, começa a subida para Toano (11,2 km a 4,9%) e a Pietra di Bismantova (6,5 km a 5,2%) . Depois do cume, ainda há mais 5km de subidas e descidas antes do final em Castelnovo ne’ Monti.

Etapa 12, quinta-feira, 22 de maio: Modena – Viadana (172,0 km)
A 12ª etapa, com 172 km, apresenta um perfil ondulado na primeira metade, com algumas subidas curtas que podem animar os caçadores de etapa. No entanto, o final é predominantemente plano, indicando uma possível chegada em sprint.

Etapa 13, sexta-feira, 23 de maio: Rovigo – Vicenza (180,0 km)
Mais uma oportunidade para os velocistas na décima terceira etapa, um percurso de 180 km quase totalmente plano entre Rovigo e Vicenza.
A décima terceira etapa vai de Rovigo a Vicenza, localizada no leste da Itália. Aqui, o RCS projetou um final que deve agradar muito aos competidores presentes, com várias subidas complicadas e uma chegada em uma inclinação de pouco mais de um quilômetro a 7,5%.

Etapa 14, sábado, 24 de maio: Treviso-Nova Gorica (186,0 km)
A 14ª etapa, com 186 km, mantém a tendência das etapas anteriores, com um percurso predominantemente plano que favorece uma chegada em grupo compacto. Entretanto, os sprinters deverão ser capazes de vencer as subidas de San Martino e Saver no final.
Embora o último obstáculo de menos de 800 metros a 6,4% não deverá representar uma grande ameaça aos velocistas

Etapa 15, domingo, 25 de maio: Fiume Veneto – Asiago (214,0 km)
As etapas de domingo costumam ser difíceis no Giro e desta vez não será diferente. Em uma etapa com 214km de distância, o Monte Grappa no meio do percurso, precisa ser conquistado. Com incríveis 25 km de subida com uma média de 5,8%, a difícil montanha será seguida rapidamente pela subida do Dori de 16,3 quilômetros com 5,5%.
Depois desse último obstáculo, são mais 30 quilômetros aos “sobreviventes”, sobre um planalto até Asiago,

A Decisiva Semana Final nas Dolomitas
A semana final do Giro d’Italia será reservada para as grandes batalhas nas montanhas das Dolomitas, com etapas extenuantes e ascensões míticas que definirão o vencedor da Maglia Rosa.
Etapa 16, terça-feira, 27 de maio: Piazzola sul Brenta – San Valentino (203,0 km)
Entramos na última semana do Giro d’Italia e você sabe o que esperar: etapas de montanha extenuantes. Na última terça-feira do Giro, o RCS adicionou uma etapa de 203 km com nada menos que 5 montanhas no programa e 4.700 metros de altimetria total.
Com La Fricca, Candriai e Vigo Cavedine, o cansaço vai progressivamente aumentando, até que a etapa seja decidida na difícil Santa Barbara (12,8 km a 8,3%) e na subida final para San Valentino (17,5 km a 6,3%).

Etapa 17, quarta-feira, 28 de maio: San Michele all’Adige – Bormio (155,0 km)
A etapa apresenta os primeiros 70km em subida, até o topo do Passo Tonale. Já são 15,2 km de subida a 6%, mas depois de uma descida vem o famoso Mortirolo com seus 12,6 km a 7,6 %. Depois, são mais 50 km até Bormio, principalmente em estradas sinuosas e em declive.

Etapa 18, quinta-feira, 29 de maio: Morbegno – Cesano Maderno (144,0 km)
Esta deve ser a penúltima chance para os sprinters na competição. O meio da etapa ainda apresenta alguma dificuldade, mas o final é feito para agradar aos velocistas. Além disso, a etapa é curta, com apenas 144 quilômetros de corrida.

Etapa 19, sexta-feira, 30 de maio: Biella – Champoluc (166,0 km)
A etapa mais difícil da competição. Com apenas 166 km, mas nada menos que 4.950 metros de altimetria. A organização incluiu 5 subidas categorizadas. Quase imediatamente após a largada, surge a Croce Serra (11,3 km a 4,6%).
Após 50 km, o Col Tzecore (16 km a 7,7%) montanha de 1ª categoria desafiará o pelotão. É a primeira de uma série de 3 montanha. O Col de Saint-Pantaléon (16,5 quilômetros a 7,2% com 12% máx) é o próximo no programa. Logo após os ciclistas descem cerca de 20 km até o sopé do Col de Joux (15,1 km a 6,9%).
Apesar do nome francês, ainda estamos na Itália. Essa subida tem mais de 15 km a 6,9%. Após o cume, são mais 6 km descendo até o Antagnod (9,4 km a 4,6%). Quatro quilômetros e meio depois, a chegada é em Champoluc.

Etapa 20, sábado, 31 de maio: Verres – Sestriere (203,0 km)
A penúltima etapa do Giro d’Italia passa por uma série de subidas míticas e termina em subida. A etapa tem quatro subidas, sendo as três últimas na segunda metade da etapa. O Corio (6,5 km a 3,7%) e o Colle del Lys (13,7 km a 4,2%) são um aperitivo do que está por vir no restante da etapa.
A penúltima subida em particular é assustadora. Os últimos 8 km do Colle delle Finestre (18,4 km a 9,2%) não são pavimentados e são extremamente íngremes. Neste Giro é o Cima Coppi, o pico mais alto da montanha. Em seguida, há uma descida de 12km e uma subida final de 16km a 3,8%, até Sestriere.

Etapa 21, domingo, 1 de junho: Roma – Roma (143,0 km)
A etapa final do Giro d’Itália passa pela capital. Nos últimos 75 km, o pelotão percorrerá um circuito de 9,5 km pelo centro da cidade, passando por belos pontos turísticos como os Fóruns Imperiais e o Coliseu.
A largada será no domingo, 1º de junho, na Cidade do Vaticano. Há uma razão especial para isso: homenagear o falecido Papa Francisco, que morreu no final de abril, aos 88 anos. Do Vaticano, os ciclistas farão um desvio para a costa do Tirreno, antes de retornar a Roma depois de 40 km.
