Sepp Kuss terá uma difícil tarefa na temporada que está iniciando. O ciclista da Visma-Lease a Bike, que surpreendeu ao vencer a Vuelta a España em 2023, mesmo sem ser o capitão designado pela equipe, teve uma temporada de 2024 marcada por reveses e resultados aquém de suas expectativas.
Embora Kuss tenha vencido uma etapa e conquistado a classificação geral da Vuelta a Burgos, a temporada foi distante de sua melhor forma. Ele não conseguiu repetir seu o título na Vuelta a España, terminando na 14ª colocação. Além disso, ele foi forçado a desistir do Tour de France devido à Covid.
“Não foi a melhor temporada para mim”
“Não foi a melhor temporada para mim. Até então, sempre tive anos muito bons, sem má sorte ou doença, então foi a temporada em que tive algum contratempo”, afirmou o americano de 30 anos. Apesar dos desafios, ele destacou os méritos de suas vitórias:
“Fiquei feliz por vencer pelo menos uma corrida e posso ficar feliz com isso, mas, no geral, foi uma pena perder o Tour e tudo o que vem com isso. Nem todo ano é uma trajetória ascendente perfeita. Você tem que lidar com mais sorte e os contratempos normais quando eles acontecem” afirmou Sepp Kuss ao CyclingWeekly.
Oitava participação consecutiva na Vuelta a España
Para a temporada de 2025, Sepp Kuss pretende manter a base de seu calendário tradicional. Ele escolheu no início do ano com competições como a Clásica Jaén, a Volta a Catalunya e a Volta ao País Basco.
Entretanto os principais objetivos continuam sendo os Grand Tours, especificamente o Tour de France, onde será uma dos principais gregários de Jonas Vingegaard e sua 8ª participação consecutiva na Vuelta a España.
Mudança na preparação em 2025
“Os principais objetivos são os Grand Tours. Quero estar no meu melhor nessas duas corridas. Sei que na primavera nem sempre estou no meu melhor, mas uso essas corridas como um bloco de construção para as corridas de verão”.
“Este ano, tive uma preparação mais longa e lenta. No ano passado, foi mais curto, mas mais intensa no começo. Nas primeiras corridas, me senti bem, mas depois fui diminuindo. Só preciso ir para as primeiras corridas sem nenhuma expectativa, ver como é e com o foco sempre no verão.”
“Gosto de ser gregário, é mais fácil que ser capitão”
Kuss deixou claro que não tem grandes ambições de liderar a equipe nos Grand Tours, preferindo assumir o papel de super domestique, no qual se sente mais confortável. “É um papel que eu realmente gosto, e é um papel que é muito mais fácil do que ser capitão. Acho que é um papel que eu posso desempenhar muito bem, fazê-lo confortavelmente e aproveitá-lo”, afirmou.
Ele também indicou que está aberto a oportunidades, mas sem pressão por liderança: “Eu encaro cada corrida com calma e vejo onde posso ter uma oportunidade. Não estou procurando ninguém dentro da equipe. Temos alguns ciclistas super bons e eu quero ajudá-los primeiro e então veremos o que posso tirar disso para mim.”
Foco na Saúde e na Boa Sorte
Entre seus principais objetivos para 2025, Sepp Kuss busca consistência, saúde e, como ele mesmo destacado, um pouco de sorte. “Quero ser mais consistente, permanecer saudável e ter boa sorte. Hoje em dia, no ciclismo, você precisa desenvolver cada dia e cada semana, porque se você errar um pouquinho, percebe imediatamente nas corridas, a menos que você tenha um talento louco, como alguns caras”, finalizou Sepp Kuss.