Gregário de Tadej Pogacar, revela possível estratégia para a Milan-Sanremo “vamos fazer a Cipressa em menos de 9 minutos”
Tim Wellens se consolidou como um dos gregários mais importantes de Tadej Pogacar na UAE Team Emirates-XRG. Adaptado perfeitamente à equipe, o ciclista belga expressou seus pensamentos em uma entrevista ao canal holandês Wieler Revue durante o dia de imprensa da equipe.
Entre os temas envolvidos, estavam suas expectativas para a Milan-Sanremo e seu papel dentro da formação.
“Vamos fazer a Cipressa em menos de 9 minutos”
Questionado sobre a importância do Milan-Sanremo para a equipe, Wellens revelou que não considera a clássica italiana um “projeto especial”, mas destacou o desejo coletivo de superar marcas, especialmente na icônica subida Cipressa, localizada a cerca de 20km da chegada, onde o belga deixou escapar uma possível estratégia da equipe para a edição 2025 da “La Primavera”.
“Já rimos juntos que vamos fazer a Cipressa em menos de 9 minutos (5,6km com 4% médio e 6,8% máx)”, revelou o belga de 33 anos.
“Mas, no ano passado, a Milan-Sanremo foi um exemplo de que nem tudo corre conforme o planejado”, afirmou Wellens, ciente da dificuldade da tarefa. Na prova de 2024, Wellens teve papel fundamental ao lançar Tadej Pogacar no Poggio, última e decisiva subida do 1º Monumento do ano.
“Se eu não estiver entre os 5, outro estará”
Wellens expressou sua satisfação com o ambiente da equipe, comparando-o com o período em que correu pela Lotto (2012-2022). “Na Lotto, eu sentia muita pressão, pois o desempenho é muito importante”.
“Aqui, na UAE Team Emirates-XRG, com 30 ciclistas, talvez eu esteja na metade do caminho em termos de nível.” Ele destacou uma abordagem mais descontraída nas competições. “Se eu não estiver entre os 5 primeiros, sei que outro membro da equipe estará lá. Isso tira muita pressão.”
“A equipe prioriza talentos mais jovens”
Entrando em um ano de final de contrato, Wellens afirmou que está tão satisfeito na UAE Team Emirates-XRG que não considera mudar de equipe. “Gostaria de terminar minha carreira aqui, mas sei que não tenho isso totalmente em minhas mãos. Muitas vezes, a equipe prioriza talentos mais jovens.”
O ciclista também comentou sobre as diferenças geracionais no ciclismo. “Os jovens de hoje começaram a viver para o esporte muito cedo. Dizem que as carreiras são mais curtas, mas acho que, para eles, os sacrifícios não contam como esforço. Eles não veem isso como uma tarefa.”
Apesar disso, Wellens acredita que seu desempenho e experiência o mantêm competitivo, mesmo em um esporte que valoriza a juventude.