Jonas Vingegaard critica fortemente organização da Paris-Nice “não estou feliz, nunca deveríamos ter continuado”, assista o vídeo
Jonas Vingegaard é o novo líder do Paris-Nice, mas o dinamarquês não escondeu sua insatisfação com os acontecimentos da quarta etapa da competição, realizada nesta quarta-feira. Para ele, a organização da prova errou ao decidir continuar a corrida após a neutralização de cinquenta quilômetros de chegada.
“Nunca deveríamos ter continuado”
“Estou com sentimentos confusos hoje”, afirmou Vingegaard, antes de modificar sua própria declaração: “Não, não há sentimentos confusos. Não estou muito feliz no momento porque, na minha opinião, nunca deveríamos ter corrido no final. Nunca deveríamos ter continuado, mas continuamos.”

Vingegaard dentro do carro da equipe
A prova foi impactada por condições climáticas severas, incluindo frio intenso e chuva de granizo. Num primeiro momento, a organização optou por neutralizar a corrida, parando os ciclistas. Durante esse intervalo, Vingegaard chegou a entrar no carro da equipe para se proteger da chuva e do frio.

“Todos estavam congelados, ninguém conseguia sentir os freios”
No entanto, os ciclistas foram instruídos a continuar pedalando por 17 km, em ritmo controlado antes de serem parados novamente para a retomada oficial da competição. A decisão gerou desconforto entre os ciclistas, que enfrentaram dificuldades para se aquecerem.
“Não era necessariamente perigoso, mas era muito lenta por mais de 10, 12 quilômetros. Todos estavam congelados, ninguém conseguia sentir os freios”.
“Tínhamos algo como 5, 10 minutos para aquecer novamente, mas não conseguimos. Ainda não tenho calor no corpo, ainda estou com frio. Mas é claro que o clima afetou a todos”, explicou o dinamarquês.

“Infelizmente, fui ultrapassado nos últimos 25 metros”
Apesar das condições adversas, Vingegaard fez uma grande prova. Nas milhas finais, conseguiu se distanciar dos concorrentes, mas acabou sendo alcançado nos metros finais pelo vencedor da etapa, João Almeida. Ainda assim, o dinamarquês valorizou o desempenho coletivo.
“Trabalhamos juntos muito bem na última subida. Conseguimos fazer os ataques juntos, e eu estava me sentindo muito bem, então tive liberdade para tentar. Infelizmente, fui ultrapassado nos últimos 25 metros, mas isso também é ciclismo”, finalizou Jonas Vingegaard.