Lance Armstrong fala sobre estratégia de Jonas Vingegaard “pode ser inteligente, ele promete menos e entrega mais”, assista o vídeo
Com o encerramento da temporada de ciclismo de 2024, análises e retrospectivas ganham espaço. Na edição mais recente do podcast THEMOVE, Johan Bruyneel, Lance Armstrong e George Hincapie debateram os momentos mais marcantes da temporada que se encerra.
Nomes já consagrados voltaram a protagonizar, com destaque para o esloveno Tadej Pogacar, do UAE Team Emirates, que dominou grande parte do ano e Jonas Vingegaard que busca retomar a hegemonia no Tour de France, após uma difícil temporada.
Tadej Pogacar foi o protagonista de 2024
Se houve um ciclista que definiu 2024, foi Tadej Pogacar. “Ele começou o ano com um desempenho espetacular, um solo de oitenta quilômetros na Strade Bianche, algo que nunca havíamos visto antes, ele é o ‘Canibal’ do ciclismo moderno”, destacou Johan Bruyneel.
“E ele manteve essa intensidade ao longo do ano. Acho que ele só não venceu algumas corridas que desejava, mas ele foi o fator dominante na temporada”, complementou o belga, citando a 1ª etapa do Giro d’Italia e o GP de Quebéc, como provas que o esloveno com conseguiu vencer.
As conquistas de Pogacar e sua consistência em competições de alto nível consolidaram sua posição como referência no esporte, gerando reflexões até mesmo entre os rivais.
Jonas Vingegaard “promete menos e entrega mais” afirma Armstrong
Bruyneel também comentou sobre Jonas Vingegaard, principal rival de Pogacar. “Li uma declaração do treinador de Jonas, e ele mencionou que precisam reduzir a diferença, mas admitiu que podem estar enfrentando alguém imbatível. Essa é uma afirmação muito forte.”
A declaração reflete a percepção de que Tadej Pogacar está em outro nível técnico, algo que os adversários precisarão enfrentar.
Lance Armstrong revelou sua perspectiva sobre a postura da equipe de Vingegaard: “Nunca vimos ninguém fazer comentários assim sobre nós na entressafra. Eles sempre pensaram: este é o ano em que podem ser derrotados, vemos oportunidades”, afirmou Armstrong.
“Mas pode ser inteligente da parte de Vingegaard colocar as coisas desta forma: ‘prometer menos, entregar mais'”, complementou o texano.
Jonas Vingegaard prefere trabalhar em silêncio
Bruyneel concordou com Armstrong e ressaltou o perfil discreto de Vingegaard: “Jonas não é de fazer declarações fortes; ele prefere trabalhar em silêncio e depois mostrar sua força. Talvez isso faça parte de uma estratégia maior”.
“No entanto, é importante lembrar que ele enfrentou uma queda terrível em abril, o que torna ainda mais impressionante sua recuperação e desempenho ao longo do ano”, complementou Johan Bruyneel.