Mads Pedersen evita 2 quedas e revela luta pelo sprint “dois quilômetros antes da chegada eu estava na 40ª posição”, assista a entrevista
Após a premiação da 4ª etapa do Giro d’Italia, o atual líder da classificação geral, Mads Pedersen (Lidl-Trek), concedeu uma entrevista na qual revelou os desafios enfrentados durante o percurso, especialmente no final da etapa.
O dinamarquês esteve envolvido em dois incidentes de queda, mas conseguiu evitar ir ao chão. No entanto, foi obrigado a parar completamente em ambas as ocasiões. “Por sorte não caí, mas tive que parar nas duas vezes”, relatou Pedersen ao CyclingProNet.

“Søren tinha que ser o último homem”
As quedas impactaram diretamente a estratégia da equipe Lidl-Trek, especialmente com a ausência de apoio nos momentos decisivos.
“Søren (Søren Kragh Andersen que caiu no final da etapa), tinha que ser o último homem, então foi uma pena perdê-lo. Daantje (Dan Hoole) teve que nos manter na frente para garantir que estivéssemos na posição correta durante aquela parte técnica”.

“Como tive que usar dessa forma também, acabei ficando um pouco sozinho. Vacek também teve que usar muita energia. Foi uma situação difícil para nós, mas corrida é assim. Espero que Søren esteja bem.”
Søren Kragh Andersen, peça-chave na preparação para o sprint, acabou sendo o último ciclista a cruzar a linha de chegada, quase 11 minutos de atraso em relação ao vencedor, Casper Van Uden.

“Dois quilômetros antes da chegada eu estava na 40ª posição”
Diante do cenário desfavorável, Pedersen precisou improvisar sozinho na preparação final para a chegada.
“Dois quilômetros antes da chegada eu estava na 40ª, 50ª posição. Tive que me esforçar muito naquele momento, mas sabia que precisava recuperar o fôlego 1200 metros antes da chegada. Mas depois disso não tive mais o melhor sprint”.
“Foi, como eu disse antes, uma boa limitação de danos. Eu tinha espaço, mas não pernas. Uma corrida com as pernas descansadas depois de um dia tão fácil não é minha coisa favorita.”

Primoz Roglic diminui diferença “não muda nada para mim”
Durante a etapa, Primoz Roglic aproveitou o quilômetro Red Bull, trecho intermediário com bônus de tempo – para ganhar alguns segundos. Pedersen, por sua vez, mostrou-se tranquilo quanto à movimentação do esloveno.
“É por isso que o quilômetro da Red Bull está lá, para torná-lo interessante para eles. Desejo-lhes o melhor nisso”, comentou, de forma objetiva.
“Primoz está tentando vencer a corrida e quer ganhar o máximo de segundos possível. Isso é perfeitamente normal, mas não tenho interesse em ganhar 6 segundos dessa forma. Bom para ele, mas não muda nada para mim”, finalizou Mads Pedersen.