Mattias Skjelmose revela detalhe da vitória na Amstel Gold Race “eu dizia ao Remco para ele puxar nas subidas”
O dinamarquês Mattias Skjelmose (Lidl-Trek), protagonizou neste domingo uma das maiores façanhas de sua carreira ao vencer a tradicional Amstel Gold Race.
Em um sprint emocionante, ele superou os grandes favoritos Remco Evenepoel e Tadej Pogacar, selando uma vitória histórica que, segundo o próprio ciclista, veio “no limite total” de suas forças.
“Eu dizia ao Remco que estava no limite e que ele precisava puxar nas subidas”
A corrida teve seu ponto decisivo quando Skjelmose e Evenepoel lançaram um ataque poderoso, deixando o pelotão para trás em busca de Pogacar, que liderava isolado. O esforço foi gigantesco, e o dinamarquês reconheceu o quanto sofreu naquele momento.
“Eu dizia ao Remco que estava no limite e que ele precisava puxar nas subidas. Eu estava realmente quebrado e pedalei principalmente pensando em um lugar no pódio”, revelou após a chegada.
“Queria manter o grupo unido e buscar o melhor resultado possível. Na verdade, esperava ter cãibras ou simplesmente não conseguir mais continuar.”
O sprint: “Remco e Pogacar também foram para a direita”
A decisão veio nos metros finais, com Skjelmose usando toda sua inteligência de corrida para buscar um espaço.
“Tentei abrir uma brecha no lado direito da estrada porque o vento soprava da esquerda, mas o Remco e o Pogacar também foram para a direita, então tive que ir para a esquerda. Realmente não tenho ideia do que aconteceu”, contou, ainda incrédulo com o resultado.
Superação após meses difíceis
A vitória representa mais do que um troféu: é um símbolo de resiliência em uma temporada marcada por dificuldades, que iniciou com uma forte queda na 7ª etapa da Paris-Nice, que o levou a abandonar a competição, quando estava na 3ª posição do GC.
“Isso significa muito. Tive muito azar nesta temporada, foi muito difícil mentalmente. Há pouco mais de um mês, também perdi meu avô. Queria dedicar essa vitória a ele”, concluiu Skjelmose, visivelmente emocionado.
