Nelson Oliveira afirma “Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard não são melhores em tudo”
Nelson Oliveira é um dos ciclistas mais emblemáticos do Movistar Team. O ciclista permanece pedalando em alto nível na equipe liderada por Eusébio Unzué, apesar dos seus 35 anos (completa 36, em 6 de março), sendo 10 deles dedicados ao time espanhol.
“Percebo a passagem do tempo pelos meus companheiros; alguns vão e outros vêm. Sentamos à mesa e somos só dois ou três desde que comecei. O tempo passa, e sentimos isso. Eles me tratam como família aqui, estão felizes comigo”, afirmou Nelson Oliveira, em entrevista ao canal português TopCycling.
“Tenho vontade de treinar, talvez mais do que quando era jovem”
“Por enquanto, me vejo competindo porque estou fisicamente bem, sinto vontade de treinar. Tenho vontade de treinar e a responsabilidade de treinar todos os dias, provavelmente mais do que tinha quando era mais jovem”.
“A idade é diferente, a responsabilidade é diferente, talvez o medo de falhar também seja diferente Tento dar tudo nos treinos, para que esse medo não se torne realidade.”
“Nos últimos quatro anos, meus números não pioraram”
Apesar de renovar contrato com seu principal patrocinador até 2029, a Movistar Team enfrenta desafios financeiros para competir com equipes milionárias, como a UAE Team Emirates-XRG, Oliveira falou sobre a grande evolução que o ciclismo profissional vem passando nos últimos anos.
“O ciclismo evoluiu muito, e a forma como competimos e treinamos também. Sempre há aspectos que temos que melhorar. Há alguns anos, não comíamos o que comemos hoje. Ou seja, havia uma filosofia diferente sobre nutrição em corridas e treinos”.
“Nutricionalmente, evoluímos, temos mais energia no corpo, e isso se reflete nos números. Nos últimos quatro anos, meus números não pioraram, mantive o nível”.
Temporada de 2025 e o foco em Enric Mas no Tour
Nelson Oliveira iniciará a temporada 2025 em Portugal, no Figueira Champions Classic (16.02), seguido pelo Gran Camiño (26.02), antes de retornar a Strade Bianche (08.03), a Tirreno-Adriatico (10.03), a Volta ao País Basco (07.04) e o Tour de Romandie (29.04), antes do Critérium du Dauphiné (08.06), última prova preparatória ao Tour de France, onde Oliveira trabalhará para Enric Mas, o principal líder da Movistar.
“Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard não são melhores em tudo”
Quando questionado sobre Pogacar e Vingegaard, que disputaram o trono do Tour de France nos últimos anos, Oliveira analisou o que os torna superiores:
“É o método de treino, a fisiologia, o DNA. São melhores do que os outros em muitas coisas, mas não em tudo. Pões o Vingegaard a fazer um contrarrelógio de um dia e não o faz tão bem como numa grande Volta. O Pogacar também não vai ganhar um contrarrelógio no Mundial… até ver”.
“Ao lado do Ganna (Filippo, INEOS Grenadiers) ou do Remco (Evenepoel, Soudal Quick-Step) é favorito, mas não como no Tour”, finalizou o experiente português.