Novas normas da UCI continuam causando polêmicas “Conseguimos aprovação da UCI, é isso” afirma diretor da Bahrain Victorious
Após a polêmica envolvendo a aprovação ou não dos novos modelos de capacetes por parte da UCI, União Ciclista Internacional, para as competições de contra-relógio nos circuitos Tirreno-Adriatico e Paris-Nice, novos desdobramentos surgem nos holofotes da imprensa esportiva.
Milan Erzen, diretor executivo da Bahrain-Victorious, informou ao canal GCN que o capacete da sua equipe, fabricado pela Rudy Project, foi aprovado pela UCI cerca de 10 dias atrás.
Decisão da UCI desafia equipes
A UCI lançou na terça-feira um comunicado rigoroso proibindo o “head sock” da Specialized, assim como iniciando uma “análise aprofundada das regras que regulam o design e uso de capacetes de Contrarrelógio”.
A medida foi divulgada após a equipe Visma-Lease a Bike apresentar um modelo inovador de capacete Aerohead da Giro, utilizado durante o Contrarrelógio na primeira etapa do Tirreno-Adriatico.
Outras equipes também foram advertidas
A UCI se manifestou de forma contundente sobre o capacete fabricado pela Giro Sport Design, utilizado pela Visma-Lease a Bike, bem como os modelos Rudy Project Wingdeam HL 85 (utilizado pela Bahrain Victorious) e o Poc Tempor (usado por várias equipes).
Segundo o comunicado, os capacetes “levantam uma questão significativa relacionada à tendência atual de design de capacetes de Contrarrelógio, que se concentra mais no desempenho do que na função principal de um capacete, que é garantir a segurança do usuário em caso de queda”.
Bahrain-Victorious se posiciona sobre o assunto
“Nosso capacete segue as regras. Enviamos para aprovação da UCI e conseguimos aprovação. É isso”, disse Erzen ao canal britânico GCN.
“Não acho que nosso capacete seja muito diferente de antes. Colocamos mais visibilidade para que os caras possam correr mais com a cabeça baixa. Estamos na mesma posição que algumas outras empresas. Nosso capacete é apenas um capacete normal, mas talvez um pouco maior.
“Enviamos tudo para a UCI, conseguimos a aprovação porque senão não usaríamos o capacete. A aprovação veio há talvez 10 dias. de jeito nenhum correríamos com um capacete que não passou nos testes”, acrescentou.
Segurança é fundamental, afirma dirigente
Erzen também enfatizou que a segurança do piloto era fundamental para sua equipe e atletas e que Bahrain-Victorious não teria violado as regras da UCI ao usar um kit não aprovado.
“É o mais importante e nós cuidamos dos pilotos. A UCI aprovou o capacete e continuaremos a usá-lo nos próximos contrarrelógios. Tenho 100% de certeza de que o capacete da Visma também foi aprovado”, disse ele ao GCN.
“Não há chance de alguém se arriscar a usar um capacete que não tenha sido aprovado. Nenhuma equipe, nenhuma empresa e nenhum gerente geral arriscariam isso”.