Nutricionista da UAE revela detalhes da equipe e abre o jogo: “Tadej Pogacar é o mais direto de todos”
Tadej Pogacar emergiu como uma figura proeminente no mundo do ciclismo, conquistando sucessos notáveis, atribuídos a uma série de fatores tanto importantes quanto sutis. Recentemente, em uma entrevista ao site cyclingnews, detalhes de dentro da UAE Team Emirates vieram à tona, destacando a singularidade de Pogacar quando se trata de sua abordagem à alimentação.
“Pogacar é o mais direto de todos”
Gorka Prieto, o nutricionista da equipe, compartilhou insights valiosos em uma conversa com o Cycling News, descrevendo Pogacar como excepcionalmente direto em relação à sua dieta. “De todos os ciclistas da equipe, quando se trata de nutrição, eu diria que ele é o mais direto de todos”, afirmou Prieto.
“Tem uns que são bem mais exigentes, que insistem em comer macarrão branco o tempo todo e não conseguem convencer do contrário. Mas Tadej é completamente o oposto”.
“Você dirá a ele: ‘Você tem que comer isso’ e ele comerá. Ele gosta particularmente de alguns tipos de molho que nosso chef italiano faz com macarrão. Mas, de qualquer forma, ele é tudo menos uma pessoa que reclama”, afirma o nutricionista.
Aumento da quantidade de carboidratos
Esta extrema flexibilidade no que diz respeito à alimentação é definitivamente uma vantagem para Pogacar em todos os sentidos, mas um exemplo específico, como explica Prieto, é relacionado com as mudanças significativas nos últimos anos no que diz respeito ao consumo de carboidratos.
“O consumo de carboidratos dos ciclistas também é muito maior. Antes consumiam no máximo 90 gramas de carboidratos por hora de exercício, agora são 120 ou 130”, revela Prieto.
Quantidade pode depender do posicionamento no pelotão
Além de ingerir carboidratos, grande parte do trabalho dos nutricionistas nas equipes de ciclismo consiste em prever quanto os ciclistas precisarão consumir, dependendo de seu papel na corrida. “Não é a mesma coisa ficar no meio do pelotão do que estar na frente”, como diz Prieto.
Por sua vez, isso levanta a questão de como um nutricionista da equipe lida com um ciclista como Pogacar quando ele tem predileção por, digamos, ataques solo a 80 quilômetros da chegada na Strade Bianche.
“Não tem problema, ele é muito inteligente e sabe que se sair da frente a x quilômetros da linha terá que comer isso”, diz Prieto.
“Ele foi treinado, se você quiser, para saber que, se andar nessa ou naquela velocidade, terá que comer muito mais e, se estiver preso no grupo, precisará comer muito menos.”
Diretores de equipe também têm seu papel
“Tentar garantir que o façam depende muito dos diretores, nós os lembramos constantemente pelos rádios do carro da equipe para lembrar os ciclistas: E depois há adesivos na bicicleta informando onde eles sabem onde as garrafas serão distribuídas, onde deverão ser bebidas, e essa é uma forma de lembrá-los: coma, coma, coma”, finaliza Prieto.
